la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

masturbação na actualidade [ sem excitação ]

Sectarismo.
Opinião.
Imposição.

Exclusão e asneiras - tolerância.

Poder. Vazio.

Absolutismo versus fanatismo. Versos sobre o nada.

Lutas vãs na vertigem de não parar
movimentam linhas repetitivas de
palavras bloqueadas nas mentes.
Servis não servem a quem lhes serviu.
A cabeça serve para arrumar uma série
de decretos decorados nas horas vazias
do medo cheio disfarçado nos tempos-livres
com poemas e frases-feitas sobre o cheiro
da terra e a máscara do gosto pelas coisas
simples. Reviram-se os olhos em pose de
quem - quase - perde a paciência mas insiste
a tentativa ateia de evangelização de recrutas
pela admiração de suas pessoas. Os deputados
das bancadas confrades aplaudem de cabeças
programadas e emoções à cata de aprovação
– Muito bem! Muito bem dito, sim senhor!
Mais um ponto para a carneirada. Mé.
Os cabritos-peão mascam a sorrir a impressão
de aceitação, os bodes e cabras-mor incham.
Não implodem. Ainda. N i t r o g l i c e r i n a.
G l i c e r i n a. Ao cu, lubrificados + uns tantos
otários, incha o ego mais um grão. Cristos a
caminhar por aí, intercalam, contrariados –
o trono à vez, admitindo – agora eu, depois tu -
se não partilham a realeza deixam de ter quem os
aplauda. Discípulos - bem, quem nasceu para
discípulo nunca chega a Cristo, mas basta-lhe
sentir no pêlo uma mãozinha divina de quando
em quando para sobreviver ao oco da
erudição – de facto, não há Redentores.

Apenas palermas, chatos a arrumar
o medo em gavetinhas organizadas.
Ide em paz. Palavra aos Salvadores.
Bem-aventurados os que têm medo
a fugir da própria tirania. Aleluia.



Última ceia, Leonardo da Vinci


A L E L U I A.

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro