la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

[ longevidade ] [ memória ]

(2ª feira é habitualmente o dia mais longo, ontem confirmou-se, chave na porta às 23horas, prato de sopa à frente da t.v., adormeço sentada, acordo com a voz atordoada do guia. Silêncio.
São 01h30m quando acaba, o corpo não se move. Começa a cantar Zeca Afonso, no coliseu. Silêncio.
Encolhe-se, sem íntimo, o corpo rendido à estranheza de ser. Lapsos. Silêncio.)






Global Days for Darfur
Events from April 23rd-30th

Time is running out for the people of Darfur. Four years of genocidal violence has left over 400,000 dead, 2.5 million innocent civilians displaced, and 4 million men, women, and children completely reliant on international aid for survival. Not since the Rwandan genocide of 1994 has the world seen such a calculated campaign of displacement, starvation, rape, and mass slaughter.

To call attention to the escalating violence and the continued failure of the international community to adequately respond to this crisis, activists across the world have come together to plan Global Days for Darfur". This week of rallies, marches and vigils will run from April 23rd to April 30th and will highlight that "time is running out" for the people of Darfur.

Please support your fellow activists in speaking out for the people of Darfur by joining an event in your area. If there are currently no activities planned in your community, we hope you will consider starting your own event during this important week.


SaveDarfur.org has a post called "Generate Press Coverage" that's worth checking out...

– Segura-me aqui
nos olhos. Volto em instantes. - (Parto a despejar
tristezas emergentes.) – Vou - (vou) (e não indemnizo
do que recebi.)

(E esta azinhaga é bonita.)
(?).
(agora cala-te)

(Não mandes relatos, que daqui não ausculto.)
(Porventura, ainda me seguras os olhos?)

Debato
-me
(Acaso, explicaram-me a lábia do cobro?)

(O saber que adveio, não o sei descolar.
Apanho, cuidadosamente, todos os descartáveis.
Aqui estão.) (Tomem.)
(Renuncio a tudo. Agora.)


E este carreiro é bonito. (Sobram ervas do chão.) Ao regresso,
deitas o xilofone no meu colo(?). Paro e fico

não recuo. Recolho embriões de amarguras pingadas e
esfrego-os nas mãos. (agora cala-te)

(Não mandes relatos, que daqui não ausculto maresia.) Ouve. Agora! São as madeiras a vibrar em acidentes. Auscultas-me? São as mãos a harmonizar-se. Parece-me daqui que jazzam percussões ingénuas. É. É o meu anseio, em cima de teclas alivia-se da chuva na vista. Por acaso, auscultas-me?! É! Está-se aqui. Pedi um favor: não mandem ao ar sabedorias se depois as vêm receber. Não tenho troco. (Porventura, ainda me seguras os olhos?) A música que chegou, jaz(z) aqui. Que fazemos, nesta noite? (Estou a jazzar.) Se quiseres, podemos ver estas naturezas. (Já podes falar.) Sabes, andava cheia de afazeres por completar, chegavam torvelinhos de novidades e eu.
Eu…
… pendurei os braços (Neste momento, deves devolver-me os olhos.) e renuncio à compreensão da outra face da sabedoria. Traz-me uma rockalhada nova. Quero encaixar o direito inalienável ao nada. Que se feda tudo o resto.




destaques [ porque sim ]

Filename: Mules on Route 66 - Arizona [Holga].jpg - 38 Kb



jeff philips

a quem possa interessar

não me importava, de todo, de receber esta prenda

p.s. dou espaço de tempo de cerca de três semanitas (tempo calculado para a encomenda e recepção da coisa) depois disso, lá terei de ser eu a presentear-me...
p.s. 2. se forem muitos os candidatos à oferenda, não stressem, também não me importo de receber esta

photo

boas novas!

ontem de manhã, o que esta notícia representa, deixou as minhas tripas viradas do avesso, como sempre acontece com este tema. Mas nem sempre as notícias são assim tão más:

Dezenas de operacionais da Direcção Central de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária estão neste momento a executar mandados de detenção e de busca contra suspeitos de envolvimento em movimentos fascistas e neonazis.

A operação, que começou hoje às primeiras horas da manhã, é o culminar de uma investigação que decorria na DCCB há vários anos. Envolve reforços de outras direcções centrais da PJ, está a decorrer na área da Grande Lisboa e é acompanhada por um procurador do DIAP de Lisboa.

Alguns daqueles que tentaram limitar o debate sobre a extrema-direita portuguesa a uma questão de liberdade de expressão e de divergência política, esquecendo as actividades criminosas destes grupos, e que fizeram comparações descabidas com outros movimentos políticos, têm agora a oportunidade de começar a rever a legitimação que foram oferecendo a esta gente.



no público ->

pedido de ajuda

estou aqui com a palavra debaixo da língua...
como é mesmo que se apelida uma pessoa que nos liga a esfregar-nos na cara (ouvidos, no caso) que passou a hora de almoço a nadar no mar?

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Liberté... (Egalité...) Fraternité...

pois, a velha questão da Liberté, mas não tanto (...) a Fraternité do lado dos que escrevinharam os direitos humanos e de liberdade de informação (coisinhas insignificantes, portanto) é que é a parte difícil de engolir...
attention: post reproduzido na íntegra de Womenage a trois
(bolds meus)

No pasaremos!

We're out! A Nova Grande Muralha da China impede os cibernautas chineses de lerem este blog. Este e muitos milhares de outros sites, certamente. A falta de liberdade de circulação de informação na China é endémica. Felizmente que a Net é global e o desejo de liberdade, uma verdadeira pandemia. É como a gripe das aves, é como o próximo terramoto em Portugal: não é uma questão de "se", é uma questão de "quando". Entretanto, muita água há-de passar debaixo das pontes.
Muito haveria a dizer acerca de direitos humanos e de liberdade de informação no gigante asiático. Para mim, é com um sorriso amargo com que vejo "esquerdas" e "direitas" olharem para o lado no que toca a estas questões na China. As "esquerdas", porque ainda vivem inebriadas nos fumos saudosos do socialismo e aquele regime, ainda que nominalmente, assim se reclama. Por isso, preferem bater no ceguinho chamado George Bush até este ficar com as orelhas a escaldar. As "direitas", porque a China se abriu aos negócios e à globalização e, portanto, preferem falar do "crescimento económico exponencial" e nas vantagens mundiais daí decorrentes.
Se fosse um pequeno país, seria escalpelizado por todos. Aliás, o regime já teria provavelmente caído. Como é a 3ª potência mundial, todos vêem a face que mais lhe agrada.
posted by Cenas Obscenas


BACKWARD ON BENCH, Magdalena Abakanowicz
2005, bronze

divulgação

10º Concurso de Fotografia Corroios'2007

10º Concurso de Fotografia Corroios 2007Decorre até ao próximo dia 16 de Maio de 2007 o prazo para entrega de trabalhos para o 10º Concurso de Fotografia Corroios'2007.

Cada participante pode concorrer com um limite máximo de 3 fotografias em cada uma das modalidades disponíveis a concurso: Cores e Preto e Branco.

Todos os pormenores, informações e Regulamento disponíveis no site do Concurso:


10º Concurso de Fotografia Corroios'2007

[ dias úteis à cachola ]

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som ->

bom fim de semana, pessoas :)

[ moagem da cachola nos dias úteis ]

Os meus dias, aproveito-os na morbidez das falas alheias,
esgoto frequências cuja utilidade não me cabe discriminar.
Recolho ecos desordenados. Demarco gavetas p’ra depois

amalgamar em toadas discernidas. Os dias, os mal moídos,
acarretam ricochetes atordoadores da minha voz. Ao início

da casa sai um corpo com cachola. Atrás do entardecer
neste edifício entranha-se A coisa, em rastejos andróides.
Disforme amasso de linguagens .defunta .abre-te mutismo.

Maria Rosa, uma mulher alfabetizada

Passado-presente. As ligações facilmente se enrodilham em formas irrecuperáveis. Com os dedos, ora cuidadosa ora desalmadamente, exercitei o desenlace dos enigmas. Reclamei a audição das dedicatórias em tempo de apreciação. Sem surpreender, desenrasquei respostas àquela que baptizo de verdade.

Passado-presente. Magico explicações para a dormência destruída quando os sons alarmam emoções. Escrevo palavras de trás para a frente e salto a sete pés, ou mais, das concorrências. Fatigam-me concorrências, procuro canalizá-las para outras esferas. De graça! Fatigo de fadiga se os canos se rompem a fugir para laborações mortas, como a minha língua. Lego o frenesim a quem o quiser apanhar aqui à mão de semear o dou do mais barato que há. De graça! Cremo as ideias de juízo e engulo as cinzas. Metabolizado (o juízo), vomita-se pelos seus próprios pés. Sem reservas, enfio a tromba na cabeceira e berro que amputem a garganta dos sons. E rogo a protecção. Bem-aventurados os que sofrem de ideia. Chuto as canelas, uma contra a outra. Bem-dita a dor chega.

Presente-futuro-passado. Faço o que quero e já sou grande. Proficiente (é um conceito vago). Sou agora livre de mais uma meia-dúzia de prisões. (aguardo, desconfiada, que as seguintes – prisões – se apresentem) Da desconfiança, concebemos o futuro. Aplaudimos teorias a rir elogios ao presente. Somos agora a pessoa plural.

Presente-Futuro. Esgueirada do plural, ronco o estômago à espera de boas-novas. Demoram.

Passado-presente. Sonho velhas arrumadas no cimento, velhas com dor de barriga. Sobem ladeiras. Arfam. Usam os lenços da cabeça na cintura e berram que só sabe quem (lá) esteve. Eu ladro. Arrumo as mechas de cabelo que caem, com ganchos. Compro mais umas dúzias de ganchos e arrumo novas mechas. Sobra pouco tempo para sobrar apenas couro.

Presente-futuro. Faço um retiro à procura da sabedoria que me ajude a perceber que cor utilizar no tinto do couro.

Passado-presente-futuro. Deixo o doutor arrancar-me as mamas na condição de me escorrer também as mesquinharias.

Passado-presente. (o douto senhor cumpriu a palavra e ainda me presenteou com um brinde generoso: incisão sem sutura) Cumpri, com muitos escrúpulos, as contra-indicações e tenho agora escaras no lugar do passado. Sou depositária fiel do espaço outrora ocupado pelos sinais mamíferos do futuro. Sou a imodesta representação surreal de um talho.

Futuro. Assino o consentimento, informada, consolada. Recuso as restantes palavras eternas. Afinal, aspirei uma fronteira apenas: o sono.

Passado-presente-futuro. Chamo-me Maria Rosa, escrevo no tempo presente antes do perene descanso. Estive aqui estes anos todos. Experimentei corridas ao mundo, mas o juízo cedo me mostrou que basta (bastaria) (bastou) este quintal. Amei as palavras, pari frases. As ligações facilmente as enrodilhei em formas irrecuperáveis. Tenho penas e tenho arrependimentos, sei que tenho, mas escapa-me agora a sua nomeação. Morro sem bravura.

Fino com crença, cobarde - que as palavras são as garras que me massacraram a existência.



Cathy's Clown, Jan Saudek
1975


som ->

[ apraxia do discurso versus verborreia ] [ & espaço ]

O espaço cai do chão na medida desta inexactidão
espeto ocos nas unidades (formam dias atrás da linha).
Peso curvas no olhar da esguelha - muitas curvas –

o torpor é das palavras. Caio-me em cima dos borrões.



surripiado à blue (tinta-da-china e tinta permanente sobre papel, anos 80)



som
Ironia da quietude

Nem o silêncio
guarda
(houvera sempre juízes brancos)
(houvera sempre cavaleiros negros)

não são castas as audições, diria


o consolo
não tem o ruído
não tem o silêncio
como fundo
o mundo é.


Quantas vezes
se assoma a temperança
dos desenganos
na quietude da mudez
medrosa
tantas quantas muitas
as vezes que estamos a ser.




















race me home
















I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro