la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

aviso à navegação


Este blog estará inactivo temporariamente para obras, entretanto vou estando por ali e por ali

Olá :)

ah! Deixo-vos esta photo que me tem povoado

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photo de Hyeyoung Kim, que encontrei via Alex
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respondendo à blue: ainda não ;)

the birthday party remains

Nada mudou. Continuamos a gozar os sabores da terra e acabamos sempre adormecidos com as pernas escancaradas e o certo frio na pele. Frio humedecido pela maresia.
Esta noite tresanda a canela. Deixei o pau de canela na água quente que fez o chá e agora não me apetece levantar da cama para afastar a chaleira.
Parece que a minha indolência é mais forte do que a intolerância a esta espécie de intoxicação por canela.
Amanhã não poderei acusar a casa de emanar cheiros estranhos.
Quero estar aqui. Hoje.


. . .

Não lhe pergunto se fica para amanhã. Nem arrumo os restos da nossa festa.
(continuo e apetece-me sussurrar: Feliz Aniversário. )


. . .

Deixo-me ficar queda para não despertar o resto da noite.
E amanheço.

photo de Kim Winderman
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para ti,
um beijo

"Vacances" [ poème en portugais ]

Não cometerei o embaraço
de contar pelos dedos
o aperto que se me dá
nas maminhas. É verdade.

Por estes dias, saborearei
os gostos da carne.


É a embriaguez dos estéreis,
voluntários do serviço,
à solta na estação estival.

Porém, desengane-se
se pretende criticar.


Aprendiz irrepreensível
da máquina, inebriada,
sou eu, leia o epitáfio
da fotomontagem:
“Infiltrada na consequência
da acomodação da classe, aqui,
numa pausa a degustar.
Merendou, sorveu, defecou.
Gozou dos coitos.
Nunca alcançou as artes.
Devota do sono,
com fé
n'A eternidade.”

















a falta de um poema [ O menosprezo e o brinde à paz. ]

Veio às minhas narinas o cheiro do balcão de mármore limpo da aguardente.
Não gosto do cheiro do pano que o limpou. Enjoo.
Olho para o copo (ou será um cálice? Nunca sei a nomenclatura dos cacaréus de enxoval.). Olho para o copo, os gestos corriqueiros. Inalo o álcool.
Eriçam os pêlos do meu corpo, acabado de engolir mais um. Acendo o cigarro, outro trejeito fútil. Que se lixe, nada de novo.
O que me dana é o garbo destes sítios. Deve de ser genética esta atracção. Bem, daí…
Não sei.
Custa-me um bocado a despedida.
Anseio pela partida.
- Outro, se faz favor.
Olham-me de soslaio. (sou uma carta de fora deste baralho, é mais do que evidente que é excessiva modernice uma mulher a empinar bagaços, ainda por cima encostada ao balcão) Com jeitos de gingão, aceno um brinde.
Há uma prateleira zelosa atrás do balcão exclusivamente dedicada aos ícones religiosos dos donos da taberna. Bonecos de loiça, pequenos folhetos com rezas, orações, súplicas, e preces inscritas e um colar de contas com uma cruz pendurada e o correspondente Salvador espetado. Hoje apetecia-me extravasar.


Não extravaso.


Self-Portrait with Yellow Christ, Paul Gauguin


som->

para ti, bonito

untitled


Sentei-me sobre o meu corpo.
Pretendo atenuar as dores queda.
Não tencionava magoar-te,
o meu corpo, entende, está doente.

Poderia atribuir estes requintes
de malvadez à minha inteligência,
bem sei. Tenho o corpo coberto
de dores e não morro. Sou nada.
Nem a coragem de me escapar agarro.
Nicles.

Poderia fazer muitas coisas, sabe-se.
Não actuo. Nicles. Pudesse andar
nua na rua, despercebida, desacautelada,
seria bem-aventurada.
Sei-o.

Hoje decreto que o meu infortúnio é ter de andar coberta.

Amanhã engendrarei outra verdade.


photos de António Fonseca

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro