la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

my life was in my mouth

faz poucas horas que arrumei o blog para ir ali. mas já recebi reclamações. sentindo para convosco certa obrigação, mas sem prolongamento nas explicações, farei minhas as palavras do Paulo (distorcidas nos itálicos)
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vou ali, não sei se venho

thanks, for big somethings

para a Lebre, tão bem descrita pelo viriasman... perfect, genuine, complete, crystalline, pure
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Alguma coisa teria dado origem à fala que o sobressaltou no decurso daquele encontro. O que não importa: talvez meia-dúzia de palavras partidas dele próprio sem premeditação especial - ditas quando, ao fim de um lento percurso, se aproximaram e reataram conhecimento.
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assim começa A Fera na Selva de Henry James
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Photography by Lilya Corneli

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[ broken blind ] [ not already ]

A pressa

com que te despes

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Nem na alma te apetece

qualquer veste

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A pressa

com que te despes

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Até da carne e da pele

se pudesses

Nudez, David Mourão-Ferreira

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among the garbage and the flowers
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children mourning
leaned out for love
leaning that way not for you, thank god!
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no perfect bodies nor perfect minds to be touched
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wearing rags and feathers you may be a sailor, like all men and women
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wearing rags and feathers
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as always, since ever, wearing rags and feathers, from own demolition army
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until the sea
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forsaken, almost human, almost
like a stone
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'cause the river already answered
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apropriação e distorções da canção Suzanne do mestre Leonard Cohen

[ unzip your rags ]

Photography by Lilya Corneli
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the circus is leaving town
Ballad of broken seas, Isobel Campbell & Mark Lanegan

[ things mommies should always say that don't only happen in movies ]

Intimacy
Intimacy
Lost In Translation
Match Point
Brokeback Moutain
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disarmed sort of wishful thinker barbie

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you may wash yourself as many times as you please. there's water here. there. and you could go under the rain. or into the sea. you have a tap a few metres away. just turn it on and water will fall into the sink. (don't even try to be tricky about the word "sink"). put dirty dishes aside, lower your head, and try. don't be silly. try! for god's sake! wash it all down the drain. let the water be cold. freeze away. see as far as your inner temperature goes. just don't let it melt. the inner thing. you'll keep yourself clean anyway. as you try, you'll understand the inner thing gets space anywhere. put away the idea you have artillery. there you go. you silly disarmed sort of barbie. forgot that the song said that the song said "Let's be happy". you silly, you...
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oops! the last photo was a mistake, sorry, let's rewind this thing...
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não sei o que é poesia para rir. quando quero rir, leio outras coisas, mas cá vai:
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- Gostas da palavra litote?

gostas da palavra litote?
é um tropo.
e não gostas da palavra tropolitote?
então diz comigo:
tropolitóóóóóóóte !
litote
tropope
tropolipope
tripopopote
tripolitripolitote
tripolitripolipoli
toliloli
tropopopoli
tripopeli
popoli
poplili
popli
popliiii,

in um calculador de improbabilidades, Anna Hatherly
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obrigada, Carlos : )*
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so, let's be silly
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ring-around-a-rosie

pois... parece mentira... mas é verdade. continua a saga dos sonhos na estrada. esta noite conduzi, por tempo indeterminado, ao redol de uma das grandes rotundas da cidade, em sentido contrário (seria escusado dizer, não?). calmamente. no meu caminho circular. as outras viaturas passavam, contornavam-me se necessário, sempre sem reclamar. e eu continuei. sonho fora. um ring-around-a-rosie legítimo, em slow-motion.
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Ring around a rosie!
Ring around a rosie, a pocket full of posies. Ashes, ashes, we all fall down!
We all fall down!

Children Playing "Ring around a Rosie"
Edwin Rosskam
Chicago, 1941

'tazaver?!

os meus amigos são assim: conhecem música bonita que é um exagero! deixam-me sem palavras. completamente envergonhada. pronto. põem-me a pensar onde andei estes anos todos?! e ainda há quem reclame por eu me assumir. ouvi falar de meia-dúzia dessas músicas todas, ouvi duas ou três, conheço uma ou duas. é assim. e não consigo apanhar o comboio. é um ver-se-te-avias de música bonita que me oferecem. até um dos meus chefes, há dias, me ofereceu uma compilação linda! começo a suspeitar que tenho carimbado na testa algo como musico-ignara. não sei se há uma explicação freudiana para isto. talvez. talvez, pois frequentei aulas particulares de piano entre os 11 e os 13 anos. 1 hora, duas vezes por semana. não sei se consigo descrever a sala da minha professora era de veludo, velas e lacado preto. sentava-me com modos protocolares no banco e assumia o momento do solfejo como se se tratasse dum acto solene. ah! e o metrónomo! era tão lindo! tocava uma ou duas modas do famoso livro "Piano Mágico", esse era o momento de suplício, mas fazia-o, com a ânsia de chegar ao momento a quatro mãos... chorei e ri naquelas aulas. uma vez, tocávamos a quatros mãos (não me lembro qual a obra) e corriam tantas lágrimas que a minha professora parou e ralhou comigo. olhei para ela, incrédula. ela olhou-me de volta e fez daquelas coisas que nunca esquecemos: pediu-me desculpa. continuámos a tocar. mas essa história acabou, motivos da vida falaram mais alto. (sim, digo-me, de quando em vez, que um dia volto... um dia... ) enfim, uma história tonta a tentar explicar porque sinto estar longe duma coisa da qual é impossível fugir. agora... trazes-me mais música. e agora? o que é que eu faço? huh?! fico ali, paralisada, a ouvir e a ouvir-te ouvir. depois, entregas mais música e eu? pior! e os bichos da seda?! coitadinhos, ficam tão desorientados. eu a querer controlar as borboletas, mas já não tenho mão nelas. ficam àjovaçar àjvoaçar feitas half-crazy. e eu? eu, fico atrapalhada. com medo, até. imagina que elas me saem pelo umbigo. com a minha sorte, acontece num local público. às tantas, no trabalho. deve faltar pouco para alguém decretar a minha invalidez por insanidade musico-metamorfoseada. 'tazaver?!

merry-go-round

Le Manege de Monsieur Barre
Le Manège de Monsieur Barré
Robert Doisneau
Paris 1955
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há 3 noites que sonho com acidentes de viação, pequenos acidentes, distracções. é verdade que ando bastante atarefada com vidas, provavelmente, por isso, invento quedas durante o sono. confesso que estou um pouco desapontada com a minha performance, dá-me a sensação que estou a conduzir a 100 km/hora mas em 3ª. não oiço o ruído queixoso do meu motor, sinto-o. ontem, introduzi a modalidade [entrar em sentido contrário nas vias rápidas da cidade]. malandro, o meu guardião dos sonhos devia estar distraído... esta noite, a contra-ordenação grave foi a entrada em sentido contrário na A1. tinha decidido rumar a Sul, quando, no nó Coimbra-Sul, faço inversão e me dirijo a Norte (em sentido contrário, evidentemente!), repetindo “não, ainda não é tempo de Primavera. querias migrar, hein?! chuvinha, é do que precisas!” ao mesmo tempo que desligava o rádio, só para me castigar! minutos antes do malvado do despertador tocar, o guardião de sonhos deve ter-se lembrado da minha existência e trouxe um sonho-memória: um pequeno momento feliz e seguro que vivi. cumplicidade. simples. um instante sereno com essa pessoa de quem guardo memórias estranhas. o guardião tocou-me direitinho, conhece-me bem, o safardana. acordei reconciliada.
Image hosting by Photobucket
Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Coimbra

olé!

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el grito


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estado geral: vigil. sem frio.
obs: vazio. indícios de expediente emocional.
etiologia: inominável
proposta terapêutica: dormência em concomitância com sorrisos induzidos pelas pequenas coisas. belas
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prognóstico: reservado. perdão, privado.
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música e imagens do filme Hable con Ella

xmas

photo
a culpa é da Dona C. do bar, quando lhe entreguei a senha do café, esta manhã, acompanhada do respectivo cumprimento [ "bom dia" (às vezes, com ponto de exclamação, outras vezes, sem) ] respondeu-me assobiando jingle bells

tenho uma varinha de condão!

quando as vidas estão do avesso e as cabeças emaranhadas, toco-lhes com a minha varinha e... zás!
fica tudo bem!
no worries!
é assim!
acabam-se angústias e afins.
tenho uma varinha de condão.
todos à minha beira estão seguros.
zás!
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ok, é mentira.
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também sou impotente.
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[ stillness ] [ please ] [ may the days end ]

são trocas e baldrocas *

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* hehehe, lembram-se da famosa canção da Cândida Branca Flor?

ok. pronto. pronuncio-me. [ subscrevendo...

geirinhas
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breve nota sobre a origem do material que usamos por esta net fora:
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por vezes, faço reproduções integrais de posts de outras pessoas, quando acontece não conhecer o autor do blog, faço contacto por email a pedir a devida autorização, ok, talvez seja exagero, se tenho intenção de referenciar devidamente a fonte... mas, atenção, não se trata de links para posts, são reproduções! enfim, é assim que funciono, foi assim que fiz hoje e aguardei a resposta simpática que recebi da SA, da Espuma dos Dias, que me indicou para a autora da imagem, Alice Geirinhas
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há dias conheci um blog curioso, de certa forma, simpático, plagiadíssimo, diz ele, com o cuidado de referir "O melhor que se publica nas conversas bloguistas, aqui se vai republicar. Sejam letras, imagens ou pontos. Aqui nada é meu, tudo é vosso", ora, é assim que eu acho que deve de ser
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quem passa por aqui, já deve ter reparado que deixo links para os autores do material que vou usando, ao invés de discriminar no próprio post o nome da obra e autor, digamos que é uma opção estética, no entanto, com o cuidado de deixar a fonte acessível
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não deixa de ser curioso que haja quem não se incomode de receber congratulações pelo trabalho de outras pessoas, sem alertar os seus visitantes para o lapso (estou a ser meiguinha) ao não referir autores no local devido. tsc tsc tsc. vou dizer o palavrão: desrespeito!

I heard Spring is at dawn

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so I looked for it's beautiful blossom.

o medo perguntou ao medo quanto medo o medo tem

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o medo ouviu música
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o medo dançou
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depois, o medo ficou aflito e fez um desenho
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replay
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Trazer uma aflição dentro do peito.
É dar vida a um defeito
Que se extingue com a razão.
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in Chuvas de Verão, Caetano Veloso
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o medo não respondeu. ponto final.
parágrafo
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aproveito este post para desejar boa sorte ao objecto cardíaco! :)
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ouvir [ s i l ê n c i o ] como em Mulholland Drive
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[ no ] [ there are no secrets ] [ just a few ] [ nobody knows ] [ the last stop doesn't matter ]

- oportunidade!
- sorte!
- olha ali... mais uma sombra!
- ena! são tantas!
- pois são, não sabias?
- não sei, às vezes, penso que toda a gente sabe mas que alguém se esqueceu de me dizer
- [ giggle ]
e foi assim que continuaram o caminho da vala comum

[ what you asked for ] [ so, just as an example... ]

you get a little bit bigger. you get a rent and a fridge. you get a briefcase. you get a pet. you get tasks. you get silk stockings. you get keen on going to the countryside. gee, you get to drink red wine! you get to listen to music as loud as you please. you may even get to be acknowledged (whatever that is). you know you can't always get what you want. I don't know if what you get is really an interesting issue. 'cause you might find you get what you need, oh yeah... you get to decide. you feel since ever. so, just as an example... imagine you need to blackout.

o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem

e agora? pensou, ao desempacotar uma caixa do passado. encontrara um rolo por revelar. devo...? que confidências terá? talvez já tenha passado a validade, esta coisa dos químicos... durante a emulsão, pode ser que as provas se diluam. extrapolou sobre as possibilidades que o tempo oferece. as suas pernas tremiam, ao subir as escadas íngremes que a levavam ao laboratório, missão: levantar o produto final. pensava no grito não gritado. depositava expectativas no envelope que estava prestes a abrir. fantasiou emoções mil. a pressa de viver que a caracterizava obrigou-a a sentar-se nos degraus. não chegaria ao carro. não chegaria aos bancos namoradeiros do parque. foi ali. nos degraus. com a companhia do cheiro da cera velha. abriu o envelope. não teve pressa enquanto observava as provas. uma a uma. com calma de ancião. teve a certeza de que o seu fácies se manteve inalterado. fez uma selecção. colocou 3 fotografias dentro do livro que trazia na mala. o cuidado para não amarrotar o que é bonito. sorriu enquanto fechava o envelope com as restantes fotografias. o cuidado para não reter coisas inúteis. as cordas vocais mantiveram-se inalteradas. assim como o fluxo de ar. o instante seguinte: deu por si no café a beber um galão, abriu o livro, voltou a olhar as fotos que guardara. era certo que uma delas seria emoldurada. faltava poucas páginas para acabar de ler este livro. era mais um livro do qual se sentia grata por ter lido. daqui. sabe-se que a designação desse momento pode ser, por exemplo, serenidade.

I've got to get this feeling off my chest *

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oiço, do outro lado desta porta, uma voz masculina. produz um discurso cuja cadência me leva a outra fluência. embora imperceptível, daqui, poderia traduzir zórpila o fígado. entretanto, abrandou, juraria que o timbre de voz chama por sua mãezinha. oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe... (...) /que é de olhos fechados que eu ando/ (...)/ que o meu corpo se transfigura/ e toca o seu próprio elemento/ (...) eu quero desnascer '
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* título respigado da insónia

pouca luz para definir um rosto

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LEICA
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os dedos são o contacto
entre o vidro onde escrevo e o interior do corpo
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cada um de nós espreita por uma janela
surpreendemo-nos nesse espaço sem tempo
do que está e não está iluminado
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a ponta do feltro risca a pálpebra molhada de tinta
as palavras surgem confusas... click!
a intensidade das luzes e por trás delas o olhar
na penumbra rente ao chão aproximas-te do vidro
focas disparas... o ruído da leica acorda-me
para o silêncio povoado desta sala vazia
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é preciso muito pouca luz para definir um rosto
poucas palavras para que o fascínio desse segundo
torne possível dormir dentro da máquina fotográfica
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Al Berto

h o j e : novo blackout do blogger e dos blogspot

I n s o m n i a

o sono estava mau. não deixava a menina dormir. a menina rebolava rebolava. exercitava a levitação. pensava na palavra zen. desconhecia o conceito. as cobertas pareciam estar em perfeita condição para a deglutir. lutou umas horas. conseguiu safar-se do buraco que entretanto se abrira no centro do ninho. esticava as pernas e os braços. abertos em V. enquanto se manteve nesta posição, ria. lembrava-se daquela anatomia. brincava com a fisiologia. conseguiu evitar ser deglutida. o tempo passou e a menina aborreceu-se. não queria brincar mais àquilo. com cuidado, para evitar o buraco, saiu do ninho. foi pôr bâton vermelho. mas só depois de beber a caneca de leite, para não esborratar. quando voltou ao ninho, o buraco encerrara. uma luz emanava do centro, como se se tratasse de um néon. era convidativa. a cor, permitida pela luz, era diferente - entre o rosa e o vermelho. a menina mergulhou. o sono riu-se e disse que lhe passara a vontade de ser mau. os sonhos trouxeram um avião que levava a menina para longe. e ela podia ir! podia, mesmo! e foi! o guardião dos sonhos não deixou o pesadelo chegar perto da menina. quando acordou, pensou o meu bâton vermelho é mágico!

o i ç o

tinha esquecido a televisão. nem é assim muito piqnina. mas tinha esquecido. que não se repita. sem a caixinha, ficaria incompleto. este robôt. e o jornal? um escândalo! não me lembro quando li o último. a minha memória só tem manchetes que reportem o dia do luto nacional, depois disso... kaput! da esfregona, nem falo! um escândalo! ontem voltei a abrir um livro-livro. como quem diz de abrir prazenteira. ora viva! viva. curiosamente. não esqueci aquela que conheço de menos. a audição. não estive cá. mas pelo que conto, do número de posts, continuei a tagarela de sempre.

clean spleen [ something about this title was lost in translation ]

é simples. as meninas grandes devem ser atiladinhas. num minuto. vou ali limpar o sotão. que memórias tenho mais que tivesse mil anos *. expediente emocional é o eco que anda por aqui. expediente emocional. acreditasse no omnipresente, outrora, nalgumas horas, não teria outro remédio. life goes on, lalala. agarra na esfregona! faz como manda o preceito.
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Cale-se, ó ignorante! Alma sempre aturdida!
Boca infantil a rir! Mais ainda que a Vida,
É a Morte a prender-nos com subtis tramas. *
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Ó metamorfose mística
Dos meus sentidos todos num! *
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* in As Flores do Mal, Charles Baudelaire

saturday night fever [ as in: real fever, that temperature thing ]

«A maturidade suporto-a o melhor que posso. Acredito em poucas coisas. Acho que a felicidade consiste na descoberta de que o chão sobre o qual estamos não pode ser maior do que aquilo que os nossos pés cobrem. Heraclito disse-o de outra maneira: o sol tem a dimensão do pé de um homem.»
in Filhos sem Filhos, Enrique Vila-Matas
'tá decidido!
aprenderei a dançar.
sei que dançar não é só mexer os péjitos, isso já sei!
photos # 1 # 2 # 3
tenho vergonha.

La recherche

acordar com uma prenda bonita. acordar com sol. sol. o desejo desejado na noite anterior. ao desligar a luz avermelhada. aconchegar no xaile da avó. dizem as que impõem respeito que, quando nasce, nasce para todos. tenho sérias dúvidas que assim seja. mas não tenho como negar uma imposição universal. o nosso médico, é honoris causa. tenho faltado às consultas, ontem lembrei-me desta consulta que tenho ali, marcada há algum tempo. agora, deixas-me a pensar nisto: pílula do dia anterior.
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life goes on *

às vezes. quer dizer, "às vezes" não fica bem. penso se alguma vez te disse que te leio. tanto tanto muito. isto é um blog, questionar-se-á um visitante porque to digo em público? porque sim. porque as coisas que o mundo pode saber são só isso. e não faz mal. as minhas manias. nem sei que rótulo lhes dou. rejeito "obsessão". que, quiçá, possa ser o mais acertado. são dessas coisas de deixar os livros espalhados por aí. por aqui. os que mais vida dão, são os que estão por ler. after all. some alarms and some surprises. mania de nunca saber a cor dos vossos olhos. pois. nem os meus olho. uma mania é não gostar de ver garrafas por abrir. lembram planos. mania de não me desfazer. e de ser honesta. tanto. que suspeito ser desonesta. mania de anestesiar nos momentos inoportunos. mania de dizer que "está bem". mania de desculpas. mania de querer compreender. a mania de compreender sempre tarde. a mania de saber que compreendera mas não quisera ouvir-me. mania de procurar raízes. mania de ter medo. mania de fingir. mania de querer sublinhar. mania de dizer quisera. como se fora um calor. mania de. não. deve ser obsessão. de ouvir o mesmo em replay constante. mania de dizer coisas no blog. mania de querer gostar. mania de gostar. pull another stitch from me. now, since ever, I'm a normal person. mania de estar sempre longe. da mania de ir embora. a mania de fugir. a mania de não deixar as fugas nas sua realização. mania de fingir. mania de ter medo das vírgulas. mania da fraude. ahhh, a fraude. ò mundo espelhoso! mania de agarrar pequenas coisas que me agarrem aqui. mania de não querer saber, sabendo. mania de saber, não sabendo. são muitas manias. sou muito manienta. mania que palavras amortizam. nem sons. ou talvez. mania de usar muitas palavras. mania de ter saudades do silêncio. mania de não assumir a fadiga do silêncio. mania de não querer ter frio. mania da vida paralela. mania da vida dupla. mania de zangar por pouco tempo. mania de ter medo que esperem por mim. mania de ter de responder. mania de ter medo. mania de fingir. mania do conforto. mania de acreditar que o conforto existe. são muitas manias. sou manienta. mania de procurar um poema novo. mania de voltar aos poemas velhos. a uma rapariga. a uma mulher. respeitosa repetição. nudez.
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* mais uma que impõe respeito

existe

horas de doer a barriga. dias de sentir que devo a toda a gente e não pago a ninguém.
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(sim, os maus momentos. passar mal. querer desaparecer)
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minutos surpreendentes. ahhhh, que eu nunca gostei dessa coisa do "gosto de pessoas que me surpreendam". ná. nunca lhe achei piadinha. oiço esse objectivo da boca d'alguém e arredo pé. ora! que raio de sensação. surpreender alguém! pfff. como se surpreende alguém que deseja ser surpreendido? no alarms and no surprises *. ainda assim, aí estão. surgindo sorrisos, sentidos tão bons nos interiores, às surpresas que me oferecem. é claro que me dói a barriga! o giro é sentir as borboletas cá dentro. ajajitas ajvoaçando ajvoaçando na minha barriga. intercalando com o aperto. ando meia-inteira à espera, é verdade. já passa. it may be allright. ya never know... so... ? whatever and so on. I will survive. and so will you. or not. whatever. (giggle)
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* ainda na saga não consigo tirar o ok computer do leitor de cd's
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já é dia 03 de Fevereiro , ainda não é sexta-feira, mas já vai ser

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro