Rasgos de mundo entre vigilâncias. Repetimos as dormências. Pronuncio orações frouxas. É domingo. À noite. Não é sapiência saber sem anúncio que regressaria o fogo. Continuamos a observar. Derretidos. No chão há formas líquidas. Insisto, pronuncio orações frouxas. Ambiciono coisas bonitas. Observar aves. Pego nas vozes. Indubitavelmente, são bebés, sons que não se traduzem em palavras. E, assim, continuo um ser espantado. Procuro não perder da minha vista a oração do sono. Confesso às paredes a magia: acredito em deus, porque o seu nome é Música. Harmónico é uma palavra bonita, talvez resida aí a redenção. Só a magia poderá amparar a expiação diária.
oversleeping, I'm from Barcelona