Procurávamos as festas de lés-a-lés. Vivíamos a alegria entumecida. De um, o outro. Não quiséramos saber o tempo certo. Porque foi no tempo certo que não nos ofendeu o tempo em que o fim poderia ser verdade. Reconhecíamos esse saber, o saber como assim o entendo. Comprávamos os frutos com um respeito que não era o devido mas o respeito sentido. Sabíamos o que a polpa podia fazer por nós. E fez. Era o amor. Foi o amor que nos ficou, como as boas lembranças, as paisagens bonitas são para a memória. É por isso que posso percorrer territórios perguntando indiscriminadamente a transeuntes – viu o meu amor? Exercício simbólico sem penitência. Um dia exibirei souvenirs que coleccionei desta peregrinação. A maior relíquia é a sombra da tua boca na minha.
still de eternal sunshine of the spotless mind