estava numa caverna, um buraco, onde existem os confortos que nos construímos aos longos dos tempos para inventar mais e mais necessidade. numa vida um pouco eremita após o horário laboral, desprovera-se de viver numa comunidade que fizesse parte da sua intimidade, os meses passavam rápido antes de reencontros com os seus verdadeiros cúmplices. havia sempre uma certa incerteza a cada reencontro, um olhar, a distância física que permitia a confirmação de que eram eles, frente a frente, uns aos outros, depois a comunicação não verbal – sim, continuavam a ser eles.
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