la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

[ a agarrar imagens sem complicações ]

Estou aqui, quieta, a ver se não foge a imagem. Escrevo esta imagem. Estou quieta.
Na casa da praia. Acordei sozinha, devagar. E ainda não articulei palavras. Vesti a camisola por cima da camisa de dormir. Calcei meias grossas. Senti a humidade que não me agrediu. Passei pelo túnel que liga as partes da casa, onde as janelas já haviam sido escancaradas. O cheiro do mar vindo das janelas do lado direito do túnel. O cheiro do pinho vindo das janelas do lado esquerdo do túnel. Chegada à cozinha, encheu-se-me o peito de mais contentamento: o cheiro do café. Fizeste café. Pude abraçar-me às tuas costas a ouvir-te enquanto barravas as torradas com manteiga. Não comi. Trouxe o café para o terraço, onde estou agora. O gato veio atrás de mim e dorme outro sono. Saíste sem me dizer onde vais, onde foste.
Comecei a escrever e parei, num ímpeto… a necessidade: deter-me.
Estou quieta a ouvir a música que deixaste a tocar sem me dizeres onde ias. (a ver se não foge a imagem) Acordei sozinha, devagar, e não me pediste palavras. Gosto de ti.

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro