la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

[ stillness ] [please ] [ it said ]

(...)
filha: vemo-nos amanhã. beijo
mãe: espera, o pai quer falar contigo
pai: está?
filha: olé!
pai: olha... tenho saudades tuas, quero ver-te
filha: eu também, vemo-nos amanhã
pai: eu sei, mas queria dizer-te, quero ver-te
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no rescaldo... de um dia de desalento e frustração, o exercício para não desanimar, depois o outro exercício e outro, e a capacidade para os desmoralizar. pois não é de exercícios que se fala, são formas de expressão seilá seilá yadda yadda. para a honestidade, é importante referir que não são formas de expressão, são tentativas seilá seilá yadda yadda das formas de sentir.
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matamos saudades? dizemos olá. dizemos gosto de ti. partilhamos monólogos de novidades. morre um pouco (só um pouco) da saudade.
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o dia ali estava, e corria. se era de si, se era do dia que corria, não sabia, estranhava aquela dor (chamar-lhe-emos dor). quisera que fosse possível prosseguir com as rotinas sem proferir palavra, ao primeiro "bom dia" a que se vira obrigada, percebeu que não seria então o seu dia de repouso vocal. fechar os olhos seria demasiada ambição. desejou que o corpo não reclamasse aos gritos. suplicou-lhe que se acalmasse. não ouvira. instinto de responder às sensações.se bateu, o coração não soube se foi sincrónico ou arrítmico. talvez estivesse parado. todo o sistema vermelho recolhido. nada de azul se vislumbrou pelas mãos. não brincou com as palavras. mas sobreviveu à eterna sensação de estar tudo errado. impropérios. indignidade. a sensação inoportuna de qualquer coisa ser legítima. impropérios. repetiu impropérios.
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o ruído de fundo tornou tudo mais confortável. sim, sabes o quanto me apeguei ao conforto. ainda agora, escrevo com o xaile da minha avó sobre os ombros. foi perfeito, na felicidade imaginada, não me esqueci do lusco-fusco. os teus gestos quase me faziam implorar pára. continua.
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um dia dissera saberei gritar

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro