la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

carne, também canhão

os mesmos corpos. são os mesmos corpos. sorveram o que haviam a sorver. sorveram o que havia a sorver. e vêm. os corpos vêm. macilentos. os corpos vêm. vêem. vejam, fedorentos. os corpos. vivos. vivos. sangradouras. as mentes. as vozes das gargantas não são vozes. as gargantas não têm voz. há buracos. e canais. directos, à árvore de ar. com ar. para o ar. respirar. enquanto jamais se volta a soltar um grito grito. são os ditos, os verdadeiros, gritos silenciosos. fora urgente silenciá-las, às gargantas.



«Quando
as veias dos mortos fazem um nó vivo
com as minhas veias,
a voz
costura-se com as linhas de sangue
da sua fala


Herberto Helder

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro