em equilíbrio inventei estes modos
ver cores a estremecer os meus olhos
são a inquietação lágrimas como contas
dum colar partido à luz. Não aguento
um esgar, não aguento encarnações
de dor sou uma fraca que engendrou
a religião da outra face cedo ouvi a lenda
ficou impregnada nas minhas rosas.
Que hei-de fazer a este jeito que choro
até ao afinco do ardor nas órbitas só
consigo filtrar a beleza como absoluto.
Que hei-de fazer a este jeito que me traz
tal intervalo um néon. Eu escrevo.
Largo o tremor das mãos a cada palavra
continuo sem saber. Este jeito há-de ser
o meu fim. (este jeito a ser inícios de mim)
Como podereis constatar gaguejo.
dedicado...
a mim e aos colos insuflados
à Marta, por escrever:
O coração não abrevia
antes desata os nervos,
a inspiração
no arremesso das palavras.