Ontem fiz uma viagem de carro mais longa que o habitual, na rádio passaram esta canção, o volume subiu aos limites e dei por mim a cantar com afinco. A canção acabou e vociferei num lamento assumido: too much work and no fun makes Margerete a dull gal. Pois é. Doeu. Entrou uma pedrinha na minh’alma. Num instante, o cansaço veio espicaçar-me os olhos, distraindo da dor a fracção do meu ego que se dedica à pândega, que abri tanto quanto pude para continuar viagem, atenta e alinhada.
À noite, fiz a discriminação mental de cada uma das actuais fontes deste maldito que tem tomado conta de mim.
Pode haver (que há) aumento de trabalho e também de outras actividades extra-trabalho. Sim, isso ajuda bastante-muito ao cansaço que começa a sobejar. Depois, as naturais dificuldades de cada um que levam a certa angústia (eu sei, eu sei: trazer uma aflição dentro do peito, é da vida um defeito que se extingue com a razão*, mas que posso eu fazer se a minha razão começa tão longe da emoção?), no meu caso, por exemplo, a crescente dificuldade em manter-me organizada (quem me viu e quem me vê… ai ai [suspiro] era uma moça tão alinhadinha com as papeladas!).
Há também as variações esquizofrénicas das condições climatéricas que não ajudam, pois… A época do ano típica de esgotamentos pré-férias e tal e coisa…
E ouvimos dizer de fadigas crónicas, burnout e outras maleitas.
E vêm uns marmanjos falar-nos de coisas. E eu sei (eu tenho obrigação de saber, dizem-me algumas pessoas). Fala-se das milhentas vantagens de. E tal. E coisa. E o diabo a sete. Ah! (E o medo de ficar sem algo que não é.) Enfim, por agora, não me apetece diagnósticos, mas uma coisa é certa: puseram-me a pensar neste imbróglio como não pensava há muito tempo e acho que vou arranjar lenha para me queimar!
À noite, fiz a discriminação mental de cada uma das actuais fontes deste maldito que tem tomado conta de mim.
Pode haver (que há) aumento de trabalho e também de outras actividades extra-trabalho. Sim, isso ajuda bastante-muito ao cansaço que começa a sobejar. Depois, as naturais dificuldades de cada um que levam a certa angústia (eu sei, eu sei: trazer uma aflição dentro do peito, é da vida um defeito que se extingue com a razão*, mas que posso eu fazer se a minha razão começa tão longe da emoção?), no meu caso, por exemplo, a crescente dificuldade em manter-me organizada (quem me viu e quem me vê… ai ai [suspiro] era uma moça tão alinhadinha com as papeladas!).
Há também as variações esquizofrénicas das condições climatéricas que não ajudam, pois… A época do ano típica de esgotamentos pré-férias e tal e coisa…
E ouvimos dizer de fadigas crónicas, burnout e outras maleitas.
E vêm uns marmanjos falar-nos de coisas. E eu sei (eu tenho obrigação de saber, dizem-me algumas pessoas). Fala-se das milhentas vantagens de. E tal. E coisa. E o diabo a sete. Ah! (E o medo de ficar sem algo que não é.) Enfim, por agora, não me apetece diagnósticos, mas uma coisa é certa: puseram-me a pensar neste imbróglio como não pensava há muito tempo e acho que vou arranjar lenha para me queimar!
Dedicado: para o Pedro e para a Menina-Alice
… seus patifes! :)
enfim... cantemos, irmãos, que é fim de semana, weeeee!
Life is bigger
It's bigger than you
And you are not me
The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh no I've said too much
I set it up
That's me in the corner
That's me in the spotlight
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
Every whisper
Of every waking hour I'm
Choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt lost and blinded fool
Oh no I've said too much
I set it up
Consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try
But that was just a dream
That was just a dream
Loosing My Religion, R.E.M.
* Caetano Veloso na canção Chuvas de Verão