- Ainda não decidi o que devo levar no kit, talvez uma 'gillette'…?, pensou o homem. A decisão não levou muito tempo a ser tomada, não que houvesse pressa, com certeza que a montanha não sairia do lugar. O homem foi, na montanha construiu uma casa à medida dos seus costumes aprendidos: telhado e paredes, ou antes, fundações, paredes e telhado (com os respectivos pilares - as coisas das leis da Física). Não decorou a casa, é certo que às vezes arrancava flores que espalhava pelo chão, enganava-se dizendo-se que era uma espécie de desinfectante natural. O homem não trabalhava muito para sobreviver, de vez em quando passava um dia inteiro à cata de lenha, mas essa era a única tarefa necessária e inadiável. Vivia junto a uma nascente e havia muito alimento de fácil acesso. Eram bons os dias na montanha.
Um dia o homem olhou para o chão. Riu-se tanto a olhar para o chão que ecoava por todo o espaço aberto. Eram muitas gargalhadas, de cada vez que tentava acalmar dava uma gargalhada maior. Se alguém tivesse conseguido ouvir aquelas gargalhadas de repetição, seria incapaz de não rir também, mesmo sem saber o motivo de tal folia. (eu, mesmo sendo apenas a narradora, gostaria de ter ouvido esse riso) Quando conseguiu acalmar, o homem olhou naquele que entendeu ser o sentido oposto do chão - a parte interior do telhado, não queria correr o risco de continuar a rir assim, acabaria por sofrer um chilique fatal. Foi nesse instante que o homem sofreu angonia. Percebeu aquilo que decidiu considerar uma percepção do seu fundamentalismo e gritou – Por alma de quem é que eu designei que não posso assumir que ponho aqui as flores simplesmente porque acho bonito? Por alma de quem?! Estúpido! Estúpido ser! Apressou-se a abrir o kit de regresso e quedou-se estupefacto, esquecera-se de juntar espuma de barbear. Outra gargalhada.
- Está-se bem por aqui, murmurou recostando-se num dos pilares da casa. É certo que conseguiria fazer espuma dalguma "erva" que por ali encontrasse, pensou, foi então que se lembrou dos esforços. - Não me apetece aparecer assim. Ah, as gentes… e eu e a engrenagem. Ui... a cativação uns dos outros, barbudo como estou dar-me-ia muito trabalho. Certamente. Suspirou com careta saudosa. Riu e assustou-se, talvez viesse aí um novo acesso de riso e não sabia se desta vez sobreviveria. Não foi necessário fazer esforço para se controlar, riu e foi buscar mais flores.
Um dia o homem olhou para o chão. Riu-se tanto a olhar para o chão que ecoava por todo o espaço aberto. Eram muitas gargalhadas, de cada vez que tentava acalmar dava uma gargalhada maior. Se alguém tivesse conseguido ouvir aquelas gargalhadas de repetição, seria incapaz de não rir também, mesmo sem saber o motivo de tal folia. (eu, mesmo sendo apenas a narradora, gostaria de ter ouvido esse riso) Quando conseguiu acalmar, o homem olhou naquele que entendeu ser o sentido oposto do chão - a parte interior do telhado, não queria correr o risco de continuar a rir assim, acabaria por sofrer um chilique fatal. Foi nesse instante que o homem sofreu angonia. Percebeu aquilo que decidiu considerar uma percepção do seu fundamentalismo e gritou – Por alma de quem é que eu designei que não posso assumir que ponho aqui as flores simplesmente porque acho bonito? Por alma de quem?! Estúpido! Estúpido ser! Apressou-se a abrir o kit de regresso e quedou-se estupefacto, esquecera-se de juntar espuma de barbear. Outra gargalhada.
- Está-se bem por aqui, murmurou recostando-se num dos pilares da casa. É certo que conseguiria fazer espuma dalguma "erva" que por ali encontrasse, pensou, foi então que se lembrou dos esforços. - Não me apetece aparecer assim. Ah, as gentes… e eu e a engrenagem. Ui... a cativação uns dos outros, barbudo como estou dar-me-ia muito trabalho. Certamente. Suspirou com careta saudosa. Riu e assustou-se, talvez viesse aí um novo acesso de riso e não sabia se desta vez sobreviveria. Não foi necessário fazer esforço para se controlar, riu e foi buscar mais flores.