A mulher a quem emprestaste o teu medo
Devolvida no dia da amputação canónica
Foi Vaga Água-Lume – Corpo Terra-Ar.
Mais que palavra. Mais valia d’O Corpoema.
Escutei a estória ____________ trovoada.
Tremida das gadanhas. Ilha inundada de lava
Contra o esquecimento a estória ____________
Rente à irmandade das auroras aniquilo excisões
Muito rente ao esquecimento dos meus olhos
Sossego obedeço estima subida aos cotos ilesos
Minhas mãos transferem chuva para o escrito
Às palavras secretas aguadas compareço
Rigorosa de chapéu veludo e flores no cabelo.
A mulher a quem emprestaste o teu medo
Nasceu mansa? Leitosa pactuou o seu ofício.
Luto contra a náusea nascida não criada
Consubstancial à coincidência sem culpa
Vagueio o lusco-fusco mascarada da dor
Desse dia de nascença e óbito. Aprisiono
A árvore que jaz nesta ala do fogo banal.
E ele? Na estória ____________ ele jaz
Afundado seria então eu ignorante e hoje
Agonio no fio masculino impelida a recuar
Apago a minha assinatura a actuar-me mãe
Sou agora um homem medo - feminil ser.
Desmascaro o nada. Juventude saqueada
Amamento a lucidez a jorrar de distúrbio
Deito o medo que emprestaste no regaço
Envolve-te aqui neste xaile de pelúcia
Somos apenas muitos. Ou fraternidade.