Não cometerei o embaraço
de contar pelos dedos
o aperto que se me dá
nas maminhas. É verdade.
Por estes dias, saborearei
os gostos da carne.
É a embriaguez dos estéreis,
voluntários do serviço,
à solta na estação estival.
Porém, desengane-se
se pretende criticar.
Aprendiz irrepreensível
da máquina, inebriada,
sou eu, leia o epitáfio
da fotomontagem:
“Infiltrada na consequência
da acomodação da classe, aqui,
numa pausa a degustar.
Merendou, sorveu, defecou.
Gozou dos coitos.
Nunca alcançou as artes.
Devota do sono,
com fé
n'A eternidade.”