la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

[ estigmas na imagem do belo ]

Não é aquele em que cais sem alcançar o abismo. Nem o tão falado voyeur do qual dizem correr sem arredar pés do metro cúbico onde estão colados.

É outra coisa. É nada e é o tornar realidade da nudez a nu perante o cenário. O civilizado. A plateia que leva a mão à boca em ais surdos enquanto que as tuas estão presas dentro de muitos bolsos e o grito não é o banal mudo habitual dos sonhos, mas é verdadeiramente aquele em que sabes tantos movimentos da garganta. Sempre a secar sem que haja ar, ou até muco, para lançar vibrações ao berro. Porque não é um sonho, nem a falácia de um pesadelo. É a tua nudez a soldo com um pedaço a menos de inocência.
És estanque no arrepio
-aragem à pele
sem abalar veloz. Abalar.
(grande celeridade)
Guardar o belo
(grande urgência)
do demais banalizado.


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Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro