la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

Não este descerrar a mão vazia! *

lamentamos a falta da chuva; não poderíamos deixar de sorrir a um dia tão bonito quanto o de hoje; cheiraste bem o calor?; o dia já se pôs, esqueci-me de ver o lusco fusco; li um poema que me fez lembrar a poesia; o Bowie canta enquanto vou recebendo fotografias; o vestido verde está ali deitado no quarto, atrás da porta; o dia cresceu, engordou e emagreceu; vi rir e vi chorar; por dentro ri e por dentro chorei; aceitei a minha sorte.
* verso de Alexandre O'Neill

Nem a vida é mensurável, nem viver é uma tarefa.*

quererei almoçar no sítio do costume, só por causa daquele delicioso leite creme queimado; quando chegares, já sabemos como é, como tem sido; deixámos que o tempo nos rulasse, primeiro, andámos a viver mês a mês, depois de três em três meses, ficámos muito felizes quando passámos ao ritmo de seis em seis meses, tão felizes que deixámos a nossa imaginação projectar o momento em que passaríamos ao ritmo apenas anual, assim, levámos uma bela duma bofetada da vida pelo pecado de medir a vida em dias - voltámos ao trimestre; aprender é um conceito curioso, notável fenómeno!; parece que aprendemos a desprender-nos desse hábito de limitar a nossa vida a este acontecimento trimestral; não fosse este texto a denunciar-me da antecipação emocional para amanhã e não haveria provas da contradição; está tudo bem, já temos uma pedalada significativa e que nos permite saber que não estamos preparados, nunca, para más notícias; conforta-me pensar que «nem a vida é mensurável, nem viver é uma tarefa»; mas o maior conforto é a antecipação do nosso almoço a dois, poder exibir-te ao meu lado, e o regresso, Ah!... o regresso é tão bom! já reparaste no olhar da mãe quando nos vê regressar? uma miscelânea de orgulho, alegria (das boas notícias que esperamos entretanto tenham tido continuidade), carinho... Ah! lembrei-me da palavra - amor.
* citação de Stig Dagerman

tongue twister

How much wood would a woodchuck chuck if a woodchuck could chuck wood? A woodchuck would chuck as much wood that a woodchuck would chuck if a woodchuck could chuck wood.
say it quickly,
have fun with silly things.

feel like running?

on my marks
get set
gooooooooooooooooooooooooooo

how pretty would you like to feel?

nem de propósito, how pretty would you like to feel?, e às custas de o quê?!
vejam
este clip, aviso que é muito duro, divulguem, por favor, não nos fiquemos apenas pela indignação e desolação que causa ver o que o ser humano teima em perpetrar

smiley generation

how pretty would you like to feel?

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aviso: momentos coquete se avizinham por aqui e não vou conter-me

how pretty would you like to feel?

weird people shouldn't have a red lipstick in their purses once they aknowledge it doesn't look good on them.
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just like a russian doll

um desejo?

(talvez) o de conseguir preservar a honestidade; continuar a olhar as pessoas nos olhos; se vai ser um dia bom? não sei. quem sabe? e depois? depois... nada. não importa :)

é sempre tempo


é avisar!

:D

a fada dos livros existe!!!

à noite, depois de acabar o livro que lês, é só fazer a oração à fada dos livros, de manhã encontras a próxima leitura debaixo da almofada!
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:D

ófavaôr

era três natas e três cafés

:D

excuse me

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[silencio] *

é hora de respirar.



* ouvir [silencio] como em Mulholland Drive

cantando

«toda a gente passou horas
em que andou desencontrado
como à espera do comboio
na paragem do autocarro »


Sérgio Godinho, "Lá Em Baixo"

pall

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Dog laying on a Grave, Sebastião Salgado

vala

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Architecture of Density, Michael Wolf

abrir a boca

as meninas, quando são pequenas e aprendem a brincar com bonecas, não estão conscientes do seu sentido de protecção; as meninas, quando são pequenas e olham as mães a pôr batôn, não estão conscientes que são bonitas; as meninas, quando são pequenas e sentem tristeza, não sabem de onde vem; um dia, as meninas, quando são matulonas, sabem que os meninos não têm de lhes dizer que vão tomar conta delas; as meninas, já matulonas, lêem « já não arrancam/ pétalas às flores, as/ meninas grandes devem/ ser capazes de abrir/ a boca sem deixar nenhum/ dente cair » (Valter Hugo Mãe in "A Cobrição das Filhas") e percebem.

confissão

tenho paper work para fazer e aquela tarefa que abomino - que implica o uso do MS-DOS - confesso que me apetece (not) fazer isto; porcaria de post, né?

smiley generation

:)

a chuva a cair.

livros da minha infância














ops!

passa-me tanta coisa ao lado,
não fosse a ceia que fui comer à frente da tv, não sei quando saberia da existência de novos episódios
: /



* * * * *

este bando selecto de 77 000 000 000 de idiotas de primeira apanha

Sorvendo a borra da sua própria chávena, Sabbath levantou finalmente o olhar do submerso erro crasso que era o seu passado. Por acaso o presente também estava em curso, construído dia e noite como os navio-transporte de tropas em Perth Amboy durante a guerra, o venerável presente que recua até à Antiguidade e prossegue a direito da Renascença até hoje – era a esse presente sempre-a-começar e interminável que Sabbath renunciava. Acha repugnante a sua inexauribilidade. Só por isso devia morrer. E depois, que importa que tenha levado uma vida estúpida? Qualquer pessoa com alguma inteligência sabe que está a levar uma vida estúpida mesmo enquanto está a levá-la. Qualquer pessoa com alguma inteligência compreende que está destinada a levar uma vida estúpida porque não há outra espécie de vida. Não existe nada de pessoal nisso. No entanto, lágrimas infantis marejam os seus olhos quando Mickey Sabbath – sim o Mickey Sabbath, daquele bando selecto de setenta e sete mil milhões de idiotas de primeira apanha que constituem a história humana – diz adeus à sua unicidade com um meio entaramelado e profundamente dolorido «Quem liga a mínima?».


Philip Roth in Teatro de Sabbath

porque estamos todos preocupados

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NASA - Earth Observatory, Jesse Allen

dossier do Público

smiley generation

talvez tenha sido um adeus (?)

no sonho, jantávamos em família e eu vi um vulto pela janela; vestia de preto e levava muitas malas, via-se bem que ia com carga pesada; quando olhei de novo percebi que era a minha avó dos pães, a avó materna; abri a janela em guilhotina e chamei-a vó, vóóó, vem jantar connosco, ela voltou-se - no meu sonho ela voltaria para trás e sentar-se-ia à mesa - mas ela continuou caminho, fiquei triste, mas dizem que a vida é mesmo assim.

adormeci e acordei com estas palavras em eco

« Fazer-se amar por alguém não é tentar dar-lhe de si mesmo uma imagem lisonjeira, é existir em segurança no seio da sua liberdade

Jean-Paul Sartre




recebi esta citação por sms há cerca de um ano, sou incapaz de a apagar, como que uma certeza de que não a esqueço

replay

isto não é para ser lido,
É PARA SER OUVIDO!

uma história banal

era a sétima de treze filhos de adosinda e manel, deolinda, como todas as crianças de aldeia da sua geração, fez o exame da 4ª Classe e foi trabalhar para as terras. a sua sorte foi o padrinho ter montado um aviário, que começava a ser moda, lá, para as pessoas que viviam na cidade. um dia à noite, o padrinho foi lá a casa, levou uma saca com 15 ovos, exactamente 1 para cada um dos membros da família, oferenda muito rica. pediu aos pais de deolinda que a deixassem ir trabalhar para o aviário. assim foi, mas nem por isso a vida se lhe tornou mais leve do que na lavoura, aos 11 anos teve de enfrentar 12 horas de trabalho por dia, o calor, o pó, o cheiro forte dos excrementos das galinhas como um ácido que lhe corroia as narinas. deolinda sempre fora muito fácil de aprender, rapidamente o padrinho a ensinou a mexer nas contas, até lhe deu uma chave do escritório. passou a trabalhar 15 horas por dia. um dia, no caminho para casa, o armindo falou-lhe, perguntou-lhe se era gosto dela que ele pedisse ao seu pai autorização para o namoro, sim. durante o resto do caminho confirmou a si própria que fizera bem em dar um sim ao armindo, pois já ia fazer 17 anos, e não podia perder a oportunidade de casar. namoraram sentados nos mochos, ora com o irmão mais velho de deolinda como vigia, ora com a manita mais nova, aquela endiabrada que era o gosto de todos lá em casa. casaram, receberam boas prendas: taças, colheres e garfos - meia dúzia de cada; uma panela e um tacho; um alguidar de barro; dois cobertores e dois jogos de lençóis; a cama fê-la o irmão, e o colchão fê-lo ela e o pai, de camisas de milho. o que ainda não contei é que eles tiveram uma prenda muito mais importante: uma casa! pois é, uma casa! o padrinho de deolinda (que por sinal nunca lhe dera ordenado em 7 anos que trabalhara no aviário; mas nunca lhe faltou com o almoço e a merenda!) ofereceu a casa aos noivos! - com a condição de voltar a ser padrinho, de casamento e do primeiro bebé. este fora o melhor padrinho que adosinda e manel haviam escolhido para qualquer dos seus filhos. era uma casa quadrada, com cozinha e dois quartos e uma casinha de exterior. atenção! não era uma casa caiada, não senhor! era uma casa pintada! de azul claro, como o céu, pensou deolinda. (continua)

sóbrio para mim

«Ela é como a catedral do meu centro da cidade: está bem longe.

A janela solta a aragem do quintal,em minhas costas,
e o trinado de uma ave que o arvoredo esconde...
Suspira, a luz que entra, as dores de um céu todo branco...

À mesa do escritório, relembro mil cousas,
Febres de paz que voaram como pombas!...
O passado -belo sonho! -ficou sóbrio para mim...

Não existe pior quebranto: o amor é como um spleen »

Susana de Sousa Viegas

SAL

Já na Cidade da Praia tinha acordado mal disposto. Depois de um jantar de circunstância, esgueirou-se para o hotel para fazer as malas apressadamente e tentar dormir um pouco. Era quase uma hora da manhã e daí a nada, por volta das três e meia, tinha de estar no aeroporto. Acordou com uma dor de cabeça estampada numa cara capaz de afugentar um batalhão de mercenários.

Nem deu por entrar no avião e pouco depois chegar ao Sal, às cinco horas. Só pensava em meter-se logo no outro para Lisboa. Azar. Só ao meio-dia e tal. Nem quis ouvir as desculpas. Resolveu que tinha de dormir umas poucas horas. Meteu-se no único táxi que estava àquela hora à porta do aeroporto, um Mercedes vermelho a cair aos bocados. O motorista era um crioulo esbranquiçado, muito velho, pensou, mas não, quando olhou melhor viu que era um albino, e jovem.

Chegou ao hotel, pagou logo e foi a correr tomar um duche frio. Masturbou-se sem pensar e ainda húmido do banho atirou-se para cima da cama. Dormiu pouco e mal. Acordou com os costados no chão, o que para ele não era propriamente coisa de espanto, cama estranha era quase sempre tombo certo. Estava quase na hora de o taxista o vir buscar. Arranjou-se de qualquer maneira e roubou o telefone sem saber porquê. Ao passar pela recepção pousou com estrondo a chave no balcão e nem se despediu.

Enfiou-se no Mercedes vermelho e nem bom dia nem boa tarde. Ponha-me depressa no aeroporto, resmungou ao motorista, se se podia chamar motorista àquele cegueta. De repente, percebeu que o homenzinho tinha um enorme lagarto pousado no ombro direito, a olhar para a frente como se também estivesse a conduzir. Ouça lá, disse ao motorista, o que é que faz aí um lagarto no seu ombro? Ele nem se dignou olhar e respondeu não tenho nenhum lagarto, senhor. Ai isso é que tem, então eu não o vejo?! Desculpe, senhor, quem vê coisas que não existem são os mortos e o senhor não está morto que eu estou a vê-lo bem. O quê?! É verdade, senhor. Vamos lá a ver se nos entendemos, amigo, eu não estou morto e você também não, estou a falar consigo, vejo-o... Só se estivermos os dois mortos, senhor. Mas nesse caso, você também via o lagarto. Pois é, senhor. Merda, então e o lagarto que na verdade eu vejo no seu ombro? Não há nenhum lagarto, senhor. Achou melhor não continuar a conversa. Talvez aquilo fosse uma miragem naquele deserto de sal.

Chegámos, senhor. Até que enfim. Faça boa viagem, senhor. Obrigado, olhe, tome lá uns trocos para... o seu lagarto. Obrigado, senhor.

Nunca mais ninguém tornou a ver o homem que embarcou para Lisboa. Nem o Mercedes vermelho.

Carlos Alberto Machado

A Preto & Branco - Divertimentos, in Telhados de Vidro nº3

talvez um dia

passam tantas pessoas num só dia, trazem e levam tanto, obrigam a esta elasticidade intelectual e emocional constante, só há tempo para escrevinhar duas ou três tecnicidades, um dia, costumo pensar, um dia escrevo-lhes tudo o que significam para mim
entretanto, ao som obsessivo de Hold On, Tom Waits

é assim/ cá estamos/ e tal e coisa/ pronto/ enfim/ vamos a isto: UM TRUQUE NA MANGA

é assim/ cá estamos/ e tal e coisa/ pronto/ enfim/ vamos a isto

hmmmmm, tendo em conta os sinais do universo (muáháhá) enviados desde há umas horas, mais sensata seria se assumisse o papel da voz rouca ao telefone cof cof hoje não posso ir trabalhar, quentinha no ninho o resto do dia, ou então calçar as sapatilhas, que já estão a pedir reforma há um ano, calças de treino e casaco bem quentinho, procurar sol no Choupal e ficar a ler, ou a dormir enroscada nas folhas secas [não pensavam que ia correr (?!!!)]. entretanto, vou ficando por aqui e enfim, não sei dizer como será o resto (tão longo) do dia, mas algum truque na manga haverá para me botar a (sor)rir.

smiley generation

curriculum vitae

(nothing to declare, neither flags in the air)

Tom Waits

a Lebre dedica esta semana a Tom Waits

House Where Nobody Lives

«There's a house on my block
that's abandoned and cold
Folks moved out of it a
long time ago
and they took all their things
and they never came back
Looks like it's haunted
with the windows all cracked
and everyone calls it the house
the house where
nobody lives.

Once it held laughter
Once it held dreams
Did they throw it away
Did they know what it means
Did someone's heart break
or did someone do somebody wrong?

Well the paint is all cracked
It was peeled off of the wood
Papers were stacked on the porch
where I stood
and the weeds had grown up
just as high as the door
There were birds in the chimney
And an old chest of drawers
Looks like no one will ever
come back to the
House where nobody lives

Once it held laughter
Once it held dreams
Did they throw it away
Did they know what it means
Did someone's heart break
Or did someone do somebody wrong?
So if you find someone
Someone to have, someone to hold
Don't trade it for silver
Don't trade it for gold
I have all of life's treasures
and they are fine and they are good
They remind me that houses
Are just made of wood
What makes a house grand
Ain't the roof or the doors
If there's love in a house
It's a palace for sure
Without love...
It ain't nothin but a house
A house where nobody lives
Without love it ain't nothin
But a house, A house where
Nobody lives.»

Tom Waits

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FACIAL

« Há três bruxas más em ti
zute a vassoura nas costas morre e nas ruas leva
o coração aberto, veias arrancadas às pernas
para salvar o dia
tudo igual ao que não sei

os comprimidos fora de prazo
cruzam o ar. Engole com o café à volta da mesa
senhor, senhor I'm better
when I'm bad diz na t-shirt da empregada

há televisão ligada e animais para tudo no jardim
levantam voo os pássaros comuns
como grãos castanhos
e vozes uma a uma num turbilhão macio

vivo para coser a pele com cuidado.»



João Almeida
in Telhados de Vidro, nº 3

mar adentro mar adentro mar adentro mar adentro mar adentro


«Eu não julgo as pessoas que querem viver. »
Rámon

« Mais triste que ver um filho morto, é ver um filho querer morrer.»
pai de Rámon

:,( (mensagem da associação ANIMAL)

Na próxima 3.ª feira, a ANIMAL promoverá uma acção de protesto, em frente à Embaixada do Canadá em Lisboa, contra o massacre de 300.000 focas-bébés no Canadá PARTICIPE no local ou PROTESTE telefonicamente durante todo o dia

Junte-se a nós neste protesto! Na 3.ª feira, dia 15 de Março, às 12h30m, vista-se de branco e junte-se à ANIMAL, em frente à Embaixada do Canadá em Lisboa, neste protesto contra o massacre das focas bébés.

Durante todo o dia de 3.ª feira, telefone ininterruptamente em protesto para a Embaixada do Canadá em Lisboa, através do 21 316 46 00 e do 21 316 46 51, e envie também protestos por fax, através do 21 316 46 93, do 21 316 46 95 e do 21 316 46 92, e por e-mail, através do lsbon-cs@dfait-maeci.gc.ca e do lsbon-ag@dfait-maeci.gc.ca, com a mensagem simples, mas forte e clara: “Parem o massacre das focas no Canadá, ou enfrentem os protestos mundiais e o boicote internacional aos produtos canadianos e turismo no Canadá”.

“A caça comercial de focas no Canadá é o maior e mais cruel massacre de animais marinhos no nosso planeta”, declarou Miguel Moutinho, Director Executivo da ANIMAL. “Todos os anos, centenas de milhares de focas bébés são mortas à paulada e a tiro, sendo retirada a pele a muitas destas focas quando ainda estão vivas e conscientes, agonizando numa morte horrível”. Um painel de veterinários independentes de vários países que estudaram a caça comercial de focas concluiu que até 42% das focas que estes cientistas examinaram foram provavelmente esfoladas enquanto vivas e completamente conscientes.

grito, de alegria

sms da mana, grávida d@ segund@ filh@

o bebé já começou a mexer! :)


e assim se forma o sorriso nos corações de pelo menos 6 pessoas :) :) :) :) :) :)

mais um assalto

« Grito

Suponho que a tristeza não seja o nosso maior problema. O mesmo não direi das casas incendiadas, do céu baleado, da gasolina que nos enxerta os rins. Talvez conseguíssemos uma muralha de pétalas se nos propuséssemos espinhos. Nem sempre um mais um são dois. Ambos sabemos disso e muito mais. Desenhar-te-ei um botão de rosa no umbigo, uma corola em cada mamilo, um pé de salsa nos lábios. Só para cheirar, amor. Só para cheirar amor. »

Juraan Vink

Madrid, e no resto do mundo

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eu não me esqueci, mas não posso deixar de pensar que todos os dias se completam anos de barbárie e fico assim, entre o lamento e um certo desconforto na medida de dias, que o são desde o início da Humanidade. O que fazer? Não consigo pensar doutro modo senão que somos todos uns bárbaros e partilhamos a mesma vala.

What's he building in there?

« What's he building in there?
What the hell is he building
In there?
He has subscriptions to those
Magazines... He never
Waves when he goes by
He's hiding something from
The rest of us... He's all
To himself... I think I know
Why... He took down the
Tire swing from the Peppertree
He has no children of his
Own you see... He has no dog
And he has no friends and
His lawn is dying... and
What about all those packages
He sends. What's he building in there?
With that hook light
On the stairs. What's he building
In there... I'll tell you one thing
He's not building a playhouse for
The children what's he building
In there?

Now what's that sound from under the door?
He's pounding nails into a
Hardwood floor... and I
Swear to god I heard someone
Moaning low... and I keep
Seeing the blue light of a
T.V. show...
He has a router
And a table saw... and you
Won't believe what Mr. Sticha saw
There's poison underneath the sink
Of course... But there's also
Enough formaldehyde to choke
A horse... What's he building
In there. What the hell is he
Building in there?
I heard he
Has an ex-wife in some place
Called Mayors Income, Tennessee
And he used to have a
consulting business in Indonesia...
but what is he building in there?
What the hell is building in there?


He has no friends
But he gets a lot of mail
I'll bet he spent a little
Time in jail...
I heard he was up on the
Roof last night
Signaling with a flashlight
And what's that tune he's
Always whistling...
What's he building in there?
What's he building in there?

We have a right to know... »


:D


Tom Waits

combater uma obsessão com outra



lá diz o povo

quem não se sente, não é filho de boa gente


enfim, qualquer coisa assim

estou obcecada

she did it again!

é oficial, sou fã número um da Dolphin Atrás da Lente

Holding light
Music!
waiting
light speed
fading away
End of the line
Shimmering
Night or Day
"It was a beautiful moonlight :)"


lov'ya



still here

forte que nem uma rocha, assustadiça como gelatina, até desconfiada das capacidades de sentir, é quando olha o gato, o enternecimento que dentro sente, que se permite a percepção de que o coração ainda bate.

Central Park - Christo

as photos são da Inês, há lá mais...

«A minha benção», dizia Maria de Jesus Ferreira

Amo o lusco fusco; há poucas coisas das quais tenho certeza de amar; amo o lusco fusco. Entrei no quarto e vi o xaile da minha avó no chão, não é motivo de assombro ou histeria, simplesmente o vi, ali, enrolado no chão; é um xaile azul escuro com franjas, de pelúcia; macio como os xailes das avós; grande e pesado como se quer os artefactos da protecção inventada. Tenho saudades dela; não se mede a saudades aos dias, tenho saudade de instantes dela; voltar a abraçá-la, foi o que pensei quando vi o xaile da minha avó no chão, ali, enrolado, depois lembrei-me que não há memória de abraços com braços; a memória que mais persiste é a da mão dela na minha cabeça ou das mãos dela nas minhas mãos em concha e eu a beijá-las; tinha mãos bailarinas tão bonitas, nunca mais vi mãos assim. Gosto da memória de histórias contadas à lareira aberta, pão com queijo de cabra, cevada feita com uma brasa na bilha de barro; gostava da benção que ela me dava à despedida. Não acredito em pessoas boas, sobre a minha avó, não tenho de saber isso.

* * * * *

Fellini's 8½
otto e mezzo

Federico Fellini (1963)
# Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimée, Sandra Milo, Barbara Steele


Marcello Mastroianni

(esquecer que se está numa sala de cinema, é estar mesmo lá, dentro da tela; é Fellini! é Fellini!; branco & preto & cinzento; é Fellini! é Fellini!)

em Coimbra, ainda há duas sessões hoje, no Avenida, 19h e 24h

bubbles






photos

nós

eu e os meus eu's estamos de quaresma, até ulteriores ordens; não haverá penintência nem jejum; recheámos o congelador de gelado de chocolate; há mozzarella, pimentos vermelhos e verdes, beringela, courgettes, tomate; há parmesão; há camembert; há vinho tinto do Douro; há stouts; há licor Beirão; há broa, azeitonas e azeite; não faltaria o manjericão, os oregãos, a pimenta, o caril e a canela; fomos, eu e os meus eu's, buscar música e temos os livros suficientes cá em casa; eu e os meus eu's decidiremos qual dos eu's irá ao trabalho nos próximos dias, os outros ficarão em casa, numa quaresma moldada por nós. o que me aborrece é saber que dos meus eu's, serei eu a escolhida para sair ao mundo.

recomendo: leitura de post

Fica o meu sonho, em protesto.

Chairman: I will now ask the members to spell water, sand and one more elementary word of their choice. Italy, please.
Italy: Grazie, signore presidente.
Acqua. Sabbia. Vino.
Chairman: And how do they fit you?

(...)»


«Água

Neste sol estão presos o rio
e as tardes. Se fecho os olhos, não
há memória onde eu tenha pé. »


Ana

smiley generation

rápi birsdéi

107.9

é só comigo, ou a RUC está mesmo off desde ontem, cerca das 8:10 AM?

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro