Não este descerrar a mão vazia! *
Nem a vida é mensurável, nem viver é uma tarefa.*
tongue twister
how pretty would you like to feel?
vejam este clip, aviso que é muito duro, divulguem, por favor, não nos fiquemos apenas pela indignação e desolação que causa ver o que o ser humano teima em perpetrar
how pretty would you like to feel?
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how pretty would you like to feel?
um desejo?
a fada dos livros existe!!!
:D
abrir a boca
confissão
ops!
não fosse a ceia que fui comer à frente da tv, não sei quando saberia da existência de novos episódios
: /
blogorrhea
Patologia #1
Bloguerreia - Do inglês blogorrhea: Escrita compulsiva que resulta numa quantidade anormal de posts, normalmente irrelevantes e desnecessários.
(nunca imaginei que isto tivesse um nome!!!)
Suprimi a parte do "escrever por escrever"...
Não me enquadro perfeitamente no quadro clínico descrito, pelo que será possível, num futuro próximo, a criação de uma nova classificação na qual eu esteja melhor caracterizada.
este bando selecto de 77 000 000 000 de idiotas de primeira apanha
Philip Roth in Teatro de Sabbath
talvez tenha sido um adeus (?)
adormeci e acordei com estas palavras em eco
uma história banal
sóbrio para mim
«Ela é como a catedral do meu centro da cidade: está bem longe.
A janela solta a aragem do quintal,em minhas costas,
e o trinado de uma ave que o arvoredo esconde...
Suspira, a luz que entra, as dores de um céu todo branco...
À mesa do escritório, relembro mil cousas,
Febres de paz que voaram como pombas!...
O passado -belo sonho! -ficou sóbrio para mim...
Não existe pior quebranto: o amor é como um spleen »
SAL
Já na Cidade da Praia tinha acordado mal disposto. Depois de um jantar de circunstância, esgueirou-se para o hotel para fazer as malas apressadamente e tentar dormir um pouco. Era quase uma hora da manhã e daí a nada, por volta das três e meia, tinha de estar no aeroporto. Acordou com uma dor de cabeça estampada numa cara capaz de afugentar um batalhão de mercenários.
Nem deu por entrar no avião e pouco depois chegar ao Sal, às cinco horas. Só pensava em meter-se logo no outro para Lisboa. Azar. Só ao meio-dia e tal. Nem quis ouvir as desculpas. Resolveu que tinha de dormir umas poucas horas. Meteu-se no único táxi que estava àquela hora à porta do aeroporto, um Mercedes vermelho a cair aos bocados. O motorista era um crioulo esbranquiçado, muito velho, pensou, mas não, quando olhou melhor viu que era um albino, e jovem.
Chegou ao hotel, pagou logo e foi a correr tomar um duche frio. Masturbou-se sem pensar e ainda húmido do banho atirou-se para cima da cama. Dormiu pouco e mal. Acordou com os costados no chão, o que para ele não era propriamente coisa de espanto, cama estranha era quase sempre tombo certo. Estava quase na hora de o taxista o vir buscar. Arranjou-se de qualquer maneira e roubou o telefone sem saber porquê. Ao passar pela recepção pousou com estrondo a chave no balcão e nem se despediu.
Enfiou-se no Mercedes vermelho e nem bom dia nem boa tarde. Ponha-me depressa no aeroporto, resmungou ao motorista, se se podia chamar motorista àquele cegueta. De repente, percebeu que o homenzinho tinha um enorme lagarto pousado no ombro direito, a olhar para a frente como se também estivesse a conduzir. Ouça lá, disse ao motorista, o que é que faz aí um lagarto no seu ombro? Ele nem se dignou olhar e respondeu não tenho nenhum lagarto, senhor. Ai isso é que tem, então eu não o vejo?! Desculpe, senhor, quem vê coisas que não existem são os mortos e o senhor não está morto que eu estou a vê-lo bem. O quê?! É verdade, senhor. Vamos lá a ver se nos entendemos, amigo, eu não estou morto e você também não, estou a falar consigo, vejo-o... Só se estivermos os dois mortos, senhor. Mas nesse caso, você também via o lagarto. Pois é, senhor. Merda, então e o lagarto que na verdade eu vejo no seu ombro? Não há nenhum lagarto, senhor. Achou melhor não continuar a conversa. Talvez aquilo fosse uma miragem naquele deserto de sal.
Chegámos, senhor. Até que enfim. Faça boa viagem, senhor. Obrigado, olhe, tome lá uns trocos para... o seu lagarto. Obrigado, senhor.
Nunca mais ninguém tornou a ver o homem que embarcou para Lisboa. Nem o Mercedes vermelho.
Carlos Alberto Machado
A Preto & Branco - Divertimentos, in Telhados de Vidro nº3
talvez um dia
é assim/ cá estamos/ e tal e coisa/ pronto/ enfim/ vamos a isto
House Where Nobody Lives
that's abandoned and cold
Folks moved out of it a
long time ago
and they took all their things
and they never came back
Looks like it's haunted
with the windows all cracked
and everyone calls it the house
the house where
nobody lives.
Once it held laughter
Once it held dreams
Did they throw it away
Did they know what it means
Did someone's heart break
or did someone do somebody wrong?
Well the paint is all cracked
It was peeled off of the wood
Papers were stacked on the porch
where I stood
and the weeds had grown up
just as high as the door
There were birds in the chimney
And an old chest of drawers
Looks like no one will ever
come back to the
House where nobody lives
Once it held laughter
Once it held dreams
Did they throw it away
Did they know what it means
Did someone's heart break
Or did someone do somebody wrong?
So if you find someone
Someone to have, someone to hold
Don't trade it for silver
Don't trade it for gold
I have all of life's treasures
and they are fine and they are good
They remind me that houses
Are just made of wood
What makes a house grand
Ain't the roof or the doors
If there's love in a house
It's a palace for sure
Without love...
It ain't nothin but a house
A house where nobody lives
Without love it ain't nothin
But a house, A house where
Nobody lives.»
Tom Waits
FACIAL
zute a vassoura nas costas morre e nas ruas leva
o coração aberto, veias arrancadas às pernas
para salvar o dia
tudo igual ao que não sei
os comprimidos fora de prazo
cruzam o ar. Engole com o café à volta da mesa
senhor, senhor I'm better
when I'm bad diz na t-shirt da empregada
há televisão ligada e animais para tudo no jardim
levantam voo os pássaros comuns
como grãos castanhos
e vozes uma a uma num turbilhão macio
vivo para coser a pele com cuidado.»
João Almeida
in Telhados de Vidro, nº 3
mar adentro mar adentro mar adentro mar adentro mar adentro
«Eu não julgo as pessoas que querem viver. »
Rámon
« Mais triste que ver um filho morto, é ver um filho querer morrer.»
pai de Rámon
:,( (mensagem da associação ANIMAL)
Na próxima 3.ª feira, a ANIMAL promoverá uma acção de protesto, em frente à Embaixada do Canadá em Lisboa, contra o massacre de 300.000 focas-bébés no Canadá PARTICIPE no local ou PROTESTE telefonicamente durante todo o dia
Durante todo o dia de 3.ª feira, telefone ininterruptamente em protesto para a Embaixada do Canadá em Lisboa, através do 21 316 46 00 e do 21 316 46 51, e envie também protestos por fax, através do 21 316 46 93, do 21 316 46 95 e do 21 316 46 92, e por e-mail, através do lsbon-cs@dfait-maeci.gc.ca e do lsbon-ag@dfait-maeci.gc.ca, com a mensagem simples, mas forte e clara: “Parem o massacre das focas no Canadá, ou enfrentem os protestos mundiais e o boicote internacional aos produtos canadianos e turismo no Canadá”.
“A caça comercial de focas no Canadá é o maior e mais cruel massacre de animais marinhos no nosso planeta”, declarou Miguel Moutinho, Director Executivo da ANIMAL. “Todos os anos, centenas de milhares de focas bébés são mortas à paulada e a tiro, sendo retirada a pele a muitas destas focas quando ainda estão vivas e conscientes, agonizando numa morte horrível”. Um painel de veterinários independentes de vários países que estudaram a caça comercial de focas concluiu que até 42% das focas que estes cientistas examinaram foram provavelmente esfoladas enquanto vivas e completamente conscientes.
grito, de alegria
o bebé já começou a mexer! :)
mais um assalto
« Grito
Suponho que a tristeza não seja o nosso maior problema. O mesmo não direi das casas incendiadas, do céu baleado, da gasolina que nos enxerta os rins. Talvez conseguíssemos uma muralha de pétalas se nos propuséssemos espinhos. Nem sempre um mais um são dois. Ambos sabemos disso e muito mais. Desenhar-te-ei um botão de rosa no umbigo, uma corola em cada mamilo, um pé de salsa nos lábios. Só para cheirar, amor. Só para cheirar amor. »
Madrid, e no resto do mundo
What's he building in there?
What the hell is he building
In there?
He has subscriptions to those
Magazines... He never
Waves when he goes by
He's hiding something from
The rest of us... He's all
To himself... I think I know
Why... He took down the
Tire swing from the Peppertree
He has no children of his
Own you see... He has no dog
And he has no friends and
His lawn is dying... and
What about all those packages
He sends. What's he building in there?
With that hook light
On the stairs. What's he building
In there... I'll tell you one thing
He's not building a playhouse for
The children what's he building
In there?
Now what's that sound from under the door?
He's pounding nails into a
Hardwood floor... and I
Swear to god I heard someone
Moaning low... and I keep
Seeing the blue light of a
T.V. show...
He has a router
And a table saw... and you
Won't believe what Mr. Sticha saw
There's poison underneath the sink
Of course... But there's also
Enough formaldehyde to choke
A horse... What's he building
In there. What the hell is he
Building in there? I heard he
Has an ex-wife in some place
Called Mayors Income, Tennessee
And he used to have a
consulting business in Indonesia...
but what is he building in there?
What the hell is building in there?
He has no friends
But he gets a lot of mail
I'll bet he spent a little
Time in jail...
I heard he was up on the
Roof last night
Signaling with a flashlight
And what's that tune he's
Always whistling...
What's he building in there?
What's he building in there?
We have a right to know... »
:D
she did it again!
"It was a beautiful moonlight :)"
still here
«A minha benção», dizia Maria de Jesus Ferreira
* * * * *
otto e mezzo
Federico Fellini (1963)
# Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale, Anouk Aimée, Sandra Milo, Barbara Steele
(esquecer que se está numa sala de cinema, é estar mesmo lá, dentro da tela; é Fellini! é Fellini!; branco & preto & cinzento; é Fellini! é Fellini!)
em Coimbra, ainda há duas sessões hoje, no Avenida, 19h e 24h
nós
recomendo: leitura de post
Fica o meu sonho, em protesto.
«Água
Neste sol estão presos o rio
e as tardes. Se fecho os olhos, não
há memória onde eu tenha pé. »
Ana
Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.
Alberto Carneiro