não consigo estar parada. roesse as unhas e já só tinha cotos. () nem estou numa de pensar que não corra bem. não se sabe explicar isto. não é pessimismo. não é pressa. () falei com ela há bocado e ia caíndo em lágrimas, imagina!. só me lembro das velhotas quando dizem tão sabiamente "que tenha uma hora pequenina.". vou ali fumar um outro cigarro. () quéque pensas? só me apetecia ter aqui a minha avó, esta coisa tem realmente muito de tribal. vou mazé esfumaçar já venho. () a minha avó de carrapito branco e eu de carrapito preto. ambas sentadas no arrebate (adoro esta palavra) a apanhar sol, ela rezando e eu apreciando-a. () compreendo tão bem os ciganos!. sem dar por isso, fazemo-nos de gente muito aprumadinha. cada um na sua vidinha a tentar fingir que é só outro dia, mas afinal parecemos baratas tontas. trocas de telefonemas, como se pudéssemos acelerar alguma coisa. ó miséria! () agora até me deu vontade de rir. a cena de tentarmos fazer alguma coisa - que é totalmente utópica... fui comprar o jornal para a minha irmã guardar (não sei onde fui buscar esta moda, lembrei-me, qdo a S. nasceu. desde então compro-lhe sempre um jornal, para guardar direitinho, no dia de anos), saí do gabinete de rompante, fui comprar o jornal, dobrei-o direitinho numa capa de plástico e depois fiquei a olhar para ele com ar de " e agora? será que ajudou nalguma coisa?". () não sei onde pus o isqueiro.