bomdia, digo eu. bomdia. acordo com a casa em silêncio, mas é um silêncio diferente, o silêncio onde há duas crianças a dormir. tenho as provas que estão a crescer. há pouco tempo atrás estariam acordados desde as sete da matina, eu ter-me-ia levantado para preparar os leites e voltava para a cama adormecendo ao som dos desenhos animados. mas isso já não acontece com estes petizes, estou acordada há séculos, já arrumei a sala e a cozinha - o que sobrou do nosso junk-food picnic, já lavei roupa, já peguei no livro, já troquei sms's com os meus amigos anti-sociais - tenho uma queda especial para amigos pessoas tipo anti-social ou eremita, os meus amigos não se conhecem uns aos outros, apenas os nomes uns dos outros como se de uma rede organizada se tratasse e cada uma das células sabendo da existência das outras estivesse impedida de as (re)conhecer;
entratanto, o tempo desta manhã foi passando pelo que tive de ser criativa na forma de passar os minutos até ao acordar dos meus mais que tudo. olhei-me no espelho e vi o que é muito raro na minha face: três borbulhas no nariz! lembrei-me, imaginem, lembrei-me de tratar da minha beleza. pois é, lá cedi à teoria de que there's no such thing as natural beauty e enfiei-me na casa de banho, já de lá saí, nem por isso me sinto bonita, mas gosto desta sensação de pele esticada que a argila provoca, estou a adiar o seu fim, é uma sensação que interefere com qualquer coisa cá dentro, lembra qualquer coisa cá de dentro, este esticar da pele da face. recomendo.