excertos-desenho [ amor ]
excertos-desenho de vida [ morte ]
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the world is full of crashing bores, Morrissey
[ desejo ] [ ficar ] [ a viver excertos-desenho de vida e amor ]
aniversário
reprodução de posts [ por uma boa causa ]
posted by hmbf
Revista Minguante (ou o elogio do mínimo)
Revista Minguante, nº0. Corpo editorial: Luís Ene, Henrique Manuel Fialho Bento e Fernando Gomes. Grafismo: Margarida Delgado. Textos de: Fernando Gomes, Henrique Manuel Fialho Bento, Immaculada Luna, João Ventura, José Carlos Barros, José Eduardo Lopes, Luís Ene, Márcia Maia, Maria Helena, Miguel Cardina, Nelson Moraes, Nuno Moura, Paulo Kellerman, Rafael Miranda, Rui Costa, Rui Manuel Amaral e Sara Monteiro.
posted by Miguel Cardina
[ copio palavras ] [ roubo palavras ] [ deturpo palavras ] [ violo palavras ] [ rio ] [ palavras ]
Terríveis são as palavras para quem acredita nas palavras. Escrevemos com palavras emprestadas. As palavras ferem. Vêm das feridas. Do soro que cobre as queimaduras, do líquido espesso que coagula nas feridas. Repetimos sem saber as palavras que nos adoeceram. Repetimos sem perceber o terrível poder das palavras. Um poder antigo que vem das savanas, do fogo protegido, das emboscadas, das canções de embalar. Um testemunho que se recebeu para entregar mais à frente. A uma mão estendida que ingenuamente acredita. E que repete a estafeta para sítio nenhum. Onde conduzem as palavras. E acontece as palavras doerem. Acontece as palavras, restos mortais, acordarem algures, onde não sabem, onde não querem, algo maior que elas, mais verdadeiro, mais intenso, inútil.
r e m i n d e r
[ stillness ]
- quantas vezes aprendem a pele e a cabeça?
- quantas? tantas quantas as vezes que desapredem, se eficientes.
a pele. a cabeça.
? passam. sacodem-se. manipulam-se descoordenadas, talvez procurem imitar voos. libertam cada gesto a cada hora da sua nascente. conhecem tontices. reconhecem humanidades. dizem tagarelices. nem por isso falam na intuição. porque tão diferentes são. porque tão diferentes conseguem que os dias se multipliquem. as cabeças desfazem-se. e refazem-se com pele. porque as cabeças se fazem de ideias. e de desideias. (e pré-concebem-se) é assim. (ou talvez não) e, assim, por cá vamos andando, no entremeio de dias de peles que se colam às cabeças que se reconhecem. um facto inalienável: certezas falham. surge a tranquilidade. sem saudades do desassossego com bem fazer. permanecer algures. reconhecer que «o bom proposito he escorregadiço, e de pouca dura, e o justo cada dia cae sete vezes» - quantas vezes aprendem a pele e a cabeça? questão desinteressante. desaprender! desaprender. ou talvez não. (whatever)
through my eyes
dia nacional da luta contra a dor
The body calls
Yeah, the body, it calls out
It whispers at first
But it ends with a shout
dia simbólico dos dias todos. lutas contra a dor d'alma dos corpos que doem. e dos que vêem doer. todos os corpos.
oração: que todos ardam para além da dor. que o fogo seja tão só o de desejo. cantar, mesmo que o corpo doa.
My flesh sings out
It sings, "come put me out"
The body sways
Like the wind on a swing
A bridge through a hoop
Or a lake through a ring
The body stays
And then the body moves on
And I'd really rather not dwell on
When yours will be gone
But within the dark
There is a shine
One tiny spark
That's yours and mine
photo
the body breaks, Devendra Banhart
[ no longer afraid of the dark or midday shadows nothing so ridiculously teenage and desperate slower and more calculated no chance of escape ]
fitter happier, Radiohead
[ reaching us on the shadow of happy bodies ]
gimme more! [ obituary ]
i loves it
six feet under
[ eco ]
happy birthday, my dear friend.
alice, Tom Waits
Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.
Alberto Carneiro