la caisse du mouton
Antoine de Saint-Exupéry

It's A Motherfucker

It's a motherfucker
Being here without you
Thinking 'bout the good times
Thinking 'bout the bad
And i won't ever be the same

It's a motherfucker
Getting through a sunday
Talking to the walls
Just me again
But i won't ever be the same
I won't ever be the same

It's a motherfucker
How much i understand
The feeling that you need someone
To take you by the hand
And you won't ever be the same
You won't ever be the
same


Eels

podemos ouvir esta canção, ou simplesmente ler a letra, e pensar "it's really a motherfucker!", podemos fazer inúmeros raciocínios, relativizar, sublimar...
gosto de ouvir a calma de morte com que E. usa a voz ao ecoar "it's a motherfucker", de seguida, gosto de me lembrar do "Eternal Sunshine of the Spotless Mind"

o filme exorciza a canção
fico com a emoção vivida, fico com a emoção arrumada onde não faz mal
:)

onde estou?

Dos Insectos
Visto e vestido o insecto
como figura de estilo:
uma parte pelo todo,
uma antena por um reino
subterrâneo.
.
O insecto é o único fosso
temível das metamorfoses.

Luíza Neto Jorge *

(imagem de trainspotting)
* obrigada, Lebre ***

da amizade

andava à procura de um texto no baú do silêncio, quando me deparei com o momento em que tudo começou :D
Interespécies
Interespécies
estou toda tremeliques, toda comovida
foi neste post que conheci aquela que hoje é grande amiga
há uns anos atrás, se alguém me dissesse que conheceria pessoas através de internet, e mais, se me dissesse que aqui faria grandes amigos, amigos do peito, dir-lhe-ia que estava a projectar sobre uma hipótese impossível, he he, desta água nunca beberei!

beijo grande, d.


nota vale a pena passear pelos arquivos do silêncio, está lá "tanto tão bom"

Rosa Parks

... que se abalou qualquer coisa dentro de mim, na Terça-Feira, Rosa Parks morreu

o hmbf já prestou a sua homenagem,
não procuro acrescentar nada mais senão registar o meu reconhecimento

After the Supreme Court decision, Rosa Parks rides at the front of the bus.

Columbários & Sangradouros

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Correm na lama crianças atrasadas

trazem sacos nas mãos, flores miúdas
unhas de amassar as pedras
péssaros de abate à superfície

a morte pousada em remoínho

lavadas ao ventre ambrandecidas
no peito delas as casas incendiadas

a fachada aberta expostas de morar.


...........................................


Nas ruas estreitas de laje afogam filhos

amortecem baixas ao ventre a secar
campas pequeninas onde vão morar

as mulheres a romperem choro ao rio

as bermas da estrada no caminho
marcam de pedras o grito delas

cambaleiam, caiem ao lado das outras

rasgam a pele a nascer, os homens
esquecidos nos braços delas.

...............................................


Voltam da memória com o corpo calvo

estão despidos de medo
animais de refúgio
a construir tocas

fecham a hemorragia da casa
com o pulso nu

os úteros cerzidos no peito.

.....................................


Os algodões são nuvens mortas
que sabemos guardar

os corações brancos de tocar
os filhos que nele parimos

medas enfiadas nas mãos
somos muitas, rodamos ao vento

choramos o sangue que o vem tingir.



Alexandre Nave
in Columbários & Sangradouros


o que é a vida?

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Fala do Índio

O que é a vida? É o brilho
O que é a vida? É a noite
É o sopro do bisonte
no inverno, no inverno

É sombra que corre na erva
e se perde ao fim do dia
as cinzas dos antepassados
são para nós sagradas
e quando os bosques sussurram
não sentimos medo

João Afonso Lima

photo: a lua duma noite em que me senti em casa, tão longe de casa

reencaminhando-vos

não sei se foi um medo que ganhei, ou muitos. penso no sufixo phobia. tenho guardado muitas imagens, às vezes até me tenho atrevido a transformá-las manualmente, decido a abertura do diafragma e a velocidade de obturação. eu não queria dizer isto, mas é mais forte que eu, este mundo tão digital interfere comigo, talvez eu seja mais lenta (?), não sei, vou percebendo que não sou automática (o que me soa bem). sei de uma coisa que muita estranheza me causa - esta é uma fase de baixa criatividade - e o blog vai por arrasto, pelo que o máximo que vos posso fazer é remeter para outras moradas:

ouvir o post de 4ª feira, 20 de outubro

loving jazz

a estrada, sempre

sempre. sempre.

só acreditamos no mal, palavra do senhor, oremos irmão :P

parabéns, Carla de Elsinore! boa semana para ti, :D
(este blog também não tem candidato presidencial mas começa a ponderar engolir sapos, só para não ter de engolir o papão de bolo-rei)
blog novo: Blog Físico... e às vezes Químico

porque passei pela trashwoman que me deixa sempre bem disposta para divertimentos, acabo de descobrir que sou o tweety

estou constipada, queria ir para casa e ficar nesta figura:

vou à água, não quero ter frio *

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águas do Douro, 5 de Outubro de 2005
(ainda não é foto do meu novo brinquedo :P)

* volto já

pedaços de uma bóia para me ir salvando por entre o vácuo de pingos

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tenho estado ausente, quer dizer, nem isso sei, parece-me que tenho estado ausente do blog, tenho saudades, é verdade, mas também é verdade que me tenho roubado mais tempo e o tempo que se rouba fica em falta nalgum lugar.
queria contar-vos tanto, há sempre muito que contar sabem, suspeito que seja à causa da Lei de Lavoisier. por isso mesmo, continuo em espanto galopante e quero continuar a ver e a ler a ler a ler; nos intervalos, continuar aqui, assim, sem medo da incapacidade de armazenamento de informação, enquanto a já armazenada for sendo processada... até já!
* * *
The Sound Of Fear

Sun comes up on the old neighborhood
Spray-painted bricks and dead firewood
Well i don't know where i'm gonna be next
I don't care where i'm gonna be

Next time if you think of it
You might remember me as
The one who let you down
But never made another
Sound of fear

Some people like to call me chuck
It's charles and you are shit outta' luck
If you think you know what happens next
You think you know what happens

Next time if you think of it
You might remember me as
The one who let you down
But never made another
Sound of fear

Sun goes down on the old neighborhood
Dark, damp the stop where i once stood
I don't know where the bus stops next
And i don't care where the bus stops

Next time if you think of it
You might remember me as
The one who let you down
But never made another
Sound of fear

The sound of fear
I can't hear
The sound of fear

Eels

; )


do blog para o jornal

fico orgulhosa quando vejo os meus amigos reconhecidos por aquilo que sei deles,
hoje, no Mil Folhas, 2 posts do Luís d' A Natureza do Mal : )

Três encontros e Un pensiero nemico de pace

parabéns, Luís, e obrigada por escreveres para nós.

obrigada à Lebre que me ligou a alertar para esta notícia :)

podia ter sido eu a escrevê-lo/ gostava de ter sido eu a escrevê-lo (e a ilustrá-lo, tal como está)

It'll End Up In Tears

inner-post, muito inner

acordei cansada e feia, para a rua voltei feia e cansada, sem me gostar, a não gostar de pessoas, chego a um destino, as pessoas atrevidas gostam e fico a gostar, tudo parece inocente e apetece-me gargalhar, a frase "se eu não gostar de mim, ninguém gostará" não impõe respeito, mas arrepia-se-me a espinha ao lembrar a frase que impõe respeito
viver um dia de cada vez

da série Noh Masks of Naito Clan, Hiroshi Watanabe

how blue can things get (?)

era una casa...

A casa

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque pinico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos bobos
Número zero

Letra de Toquinho, composição de Vinícius de Moraes

I'm sandra aka margarete ~ acknowledgeyourself@gmail.com












































Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.


Alberto Carneiro