tag:blogger.com,1999:blog-86772152024-03-23T18:30:13.596+00:00acknowledge (or whatever) thyselfmargaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comBlogger1415125tag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-69399601340276033442012-01-21T16:31:00.001+00:002012-03-07T14:09:41.046+00:00estou ali, a seguir ao click na imagem<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://theoriapoiesispraxis.blogspot.com/"><img border="0" height="267" nfa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsTWnE6b-QBn3ECRqrnm68d4zZcgKJeQ8vYo0xvucMYn0yT3ZTnxhuSYNBrPUubN25ipMUuuQBGvARHlQ5b5eyo6dvntby5V6P0kX46OfYerPYsjFGGE9xGIlwqIav82MC8Pd7/s400/green.jpg" width="400" /></a></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-26132308047866913372010-02-11T12:43:00.000+00:002012-03-07T12:44:34.989+00:00<div style="text-align: justify;">Vi-me apertada, decidi que não o jogaria fora. À laia de drama, engoli o escarro. Não caiu, agora é uma espinha varada no peito que eu aguentei.Voltei a tentar sacudir a culpa, um passo dado em vão sendo que se trata de um organismo pegadiço. Sentei-me no arrebate da casa.Chovia e eu lá me sentei mesmo sabendo que os arrebates só têm serventia com sol. Estendi o capote no colo e tentei desapegá-la com a ponta da navalha. Estraguei a flanela ao tentar levar a tarefa avante sem ajuda.As bochechas ainda hoje as trago insufladas da náusea que me causa este bem-querer- fazer.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">(Logo pedirei socorro, indagarei em primeiro lugar se o que se impõe é um decreto de pecado, repousarei num seio próximo.)</div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-61517574508185919692010-02-01T10:15:00.006+00:002012-03-07T14:02:02.248+00:00(o) cultivo<div style="text-align: justify;">Durante os próximos dias desenharemos os planos da nossa horta. Este ano não deixaremos passar a época propícia às plantações e semeaduras, saberemos o que cultivar e com as datas devidas.</div><div style="text-align: justify;">Serão as vivacidades irrequietas de dentro e para fora da casa, com a porta aberta. E cumprimentar os vizinhos que pararão à beira do nosso muro anil para obter dois dedos de atenção. Dar-lhes-emos essa atenção em quantidade de mãos, sabemos que só esperam colher dois dedos.</div><div style="text-align: justify;">Os desenhos ficarão sujos de terra. O gato tentará safar-se e num instante regressará a casa abalando de algum vulto que lhe soe a ameaça. Riremos. Ajeitarei o almoço e direi “Estou ansiosa por cozinhar com o que acabámos de cultivar.”.</div><div style="text-align: justify;">Quereremos, como sempre, cessar os momentos enquanto olhamos o redor em amor. Velozmente perfilharemos o dia, enxotando alguma réstia de medo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A generosidade, não a sei explicar. São estes os desígnios que amanhamos por estes dias. Permitem-me brilhar no meio do pavor.</div><div style="text-align: justify;">Sorrir não é um acto de calendário. Hei-de compor aquele vaso de que falaste, cheio de plantas suculentas. Gosto delas, são cheias. Avivam-me a memória da nossa vida. Uma casa.</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir3Roc3X1fFDd2oKvdfdIdGdMhpdzt5KaFlycw-117dIED0mOCfLptpi8YfoPV760NFInvXKOSyoNGksWUyxjlGLcB1MmDISr7LiFqULXxxh9uPK4mTcfAVo5A8WeXtf7d7fPl/s1600-h/sucul.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir3Roc3X1fFDd2oKvdfdIdGdMhpdzt5KaFlycw-117dIED0mOCfLptpi8YfoPV760NFInvXKOSyoNGksWUyxjlGLcB1MmDISr7LiFqULXxxh9uPK4mTcfAVo5A8WeXtf7d7fPl/s400/sucul.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;">foto:<a href="http://www.thekitchn.com/thekitchn/author/dana"> Dana Velden</a></div><br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">(este texto é <i>também</i> sobre como é possível alguém estar nos antípodas deste espaço </span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">e estar tão próximo a orientar-nos na força. </span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: x-small;">beijos e obrigada)</span></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-80327266230047015042010-01-31T00:01:00.001+00:002010-01-31T02:21:22.891+00:00(laborar)<div style="text-align: justify;">Nestes dias enganamo-nos, queremos ser uma pessoa melhor e por isso usamos a pessoa no plural. Blasfemamos na tentativa de exorcizar e os estigmas sentam-se a olhar-nos, directos sem soslaio. Agora que deixámos submergir a revolta, disparatamos.</div><div style="text-align: justify;">Falamos do bolo e da divisão das fatias sem uma previsão irmã. </div><div style="text-align: justify;">Nem por isso deixamos de ouvir o riso deles. A ânsia vem entranhada da pele e reza. (Nas membranas reside a ganância do <i>ser melhor</i>.)</div><div style="text-align: justify;">A culpa é uma não-culpa e não podemos ser uma pessoa melhor se não pagámos o preço.</div><br />
<div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: 85%;"></span><img alt="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD-ob0GDj0aDfhYjrlE79_zWmdOIiLhjYgBxaQKaKHMSBfUPIVNNfBubX0n3_QwacckL2CvXyEjd3Kpe8L7yncvIykoFkz0n4o4_H6j4erqSgFH6Bblai1u1KC1syqOt7hfIrRoQ/s400/Rodchenko+003+%5B800x600%5D.jpg" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD-ob0GDj0aDfhYjrlE79_zWmdOIiLhjYgBxaQKaKHMSBfUPIVNNfBubX0n3_QwacckL2CvXyEjd3Kpe8L7yncvIykoFkz0n4o4_H6j4erqSgFH6Bblai1u1KC1syqOt7hfIrRoQ/s400/Rodchenko+003+%5B800x600%5D.jpg" /><span style="font-size: 85%;"> </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: 85%;">Alexander Rodchenko, Desfile da sociedade desportiva do "Dynamo", 1932</span></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-11942429193369789012010-01-30T10:00:00.001+00:002010-01-30T10:07:22.601+00:00(o quadro)<div style="text-align: justify;">Hei-de dizer-te coisas novas e entreter o nosso temor. </div><div style="text-align: justify;">Orientei os fígados e estou com a espada em riste. As agudezas - nem sempre evidentes - habitam-nos.</div><div style="text-align: justify;">O horror começou há muito tempo. Não é de anteontem a promessa das lutas inglórias mas há-de ser sempre dia de te "dizer coisas novas". </div><div style="text-align: justify;">Hei-de ser comum ao companheirismo da farsa e operante conforme a circunstância. E, repara, não temos de lhe chamar cinismo. </div><div style="text-align: justify;">Seremos (pois então!) o incondicional dia. Seremos senão o desdito.</div><div style="text-align: justify;">Pois. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img alt="https://www.brooklynmuseum.org/eascfa/feminist_art_base/archive/images/262.350.jpg" height="548" src="https://www.brooklynmuseum.org/eascfa/feminist_art_base/archive/images/262.350.jpg" width="361" /></div><div style="text-align: center;">Hannah Wilke. </div><div style="text-align: center;">So Help Me Hannah: What Does This Represent / What Do You Represent (Reinhart)</div><div style="text-align: center;">1978–1984. </div><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: x-small;"></span><br />
<span style="font-size: x-small;">EPÍGRAFE PARA A NOSSA SOLIDÃO</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Cruzámos nossos olhos em alguma esquina</span><br />
<span style="font-size: x-small;">demos civicamente os bons dias:</span><br />
<span style="font-size: x-small;">chamar-nos-ão vais ver contemporâneos</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
</span><br />
<b><span style="font-size: x-small;">Ruy Belo</span></b>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-23413518836109838712010-01-29T07:03:00.003+00:002010-01-29T09:16:17.205+00:00(o corpo e a forma do poema)<div style="text-align: justify;"><i>Poema corpo, corpo do poema, poema do corpo, o corpo, um poema</i> - exercícios incautos, não-pretensos, de <i>pretensa diseuse</i> pela manhã. <br />
Um poema? A bem dizer da verdade, nunca começámos o dia a zero. Poucas vezes conseguimos descrever a forma do corpo no princípio. É certo que temos suspeitas próximas, mas a realidade enfim. Então, um poema?</div><div style="text-align: justify;">Começámos muitos dias como se em torno da busca da cura revolvêssemos. Falhou saber o nome da doença. Faltou-nos saber com que feitio amanhece o corpo. A manhã na lufa-lufa e a ausência e a presença.</div><div style="text-align: justify;">Ou acordar de noite, sem luz que nos encandeie as suspeitas? Evitaríamos muitos poemas escusos, assim: <a href="http://oexiliodoimaginario.blogspot.com/2008/01/blog-post_04.html">corpoema</a>. <br />
<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtZ38sQGX55A6FEY2r7hXWxvoelTFnKzo_aDZ8HvpNnEy4J0f4HYDNpX_lY5WsePWYqCkZZykGwuf8jb_vJFZIQs4xwEwe_IdR25sCiZnMtb6cSm6JoS-ZqKQMWy9zJ1VTaUbL/s1600-h/123.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="91" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtZ38sQGX55A6FEY2r7hXWxvoelTFnKzo_aDZ8HvpNnEy4J0f4HYDNpX_lY5WsePWYqCkZZykGwuf8jb_vJFZIQs4xwEwe_IdR25sCiZnMtb6cSm6JoS-ZqKQMWy9zJ1VTaUbL/s640/123.JPG" width="640" /></a></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-80915666688553383432010-01-28T10:30:00.002+00:002010-01-28T10:34:08.535+00:00o narrador<div style="text-align: justify;">Era categórica a carência de fazer a dramatização da coisa. Como o narrador fosse daquelas pessoas que <i>custa a perceber as coisas</i>, através do espelho sentia uma urgência fixa de explicar, justificar-<i>se.</i><br />
</div><div style="text-align: justify;">Disse o narrador: Atenção, isto não é dramatizar, isto é fazer algo – é fazer dramatização; é utilizar um verbo em auxílio de um acto que não se possa ficar apenas pelo <i>feito</i> de dramatizar. Desculpem-me as damas e os cavalheiros se não me faço entender, segue-se a fazedura da dramatização para auxiliar as minhas satisfações perante vossas excelências. <br />
</div><div style="text-align: justify;">Após os vedar dos panos, o narrador seguiu sem companhia, sem evento <i>à posteriori.</i> Chegado a casa, o narrador abriu o silêncio e pôs-se a discursar para os cortinados. Foi então claro e conciso, sentou-se com a máquina de escrever e escreveu. De madrugada terminou o texto da nova peça que iria, desta feita, dra-ma-ti-zar. <br />
</div><div style="text-align: justify;">Sentiu-se satisfeito consigo e concluiu que as explicações são, na sua grande maioria, o mote do mal-entendido.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Dactilografou a página de rosto do texto – O MOTE DO MAL-ENTENDIDO.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Sorriu, disse baixinho e num ritmo telegraficamente dramatizado - <i>afinal-o-mal-entendido-aqui-era-eu</i>, e foi deitar-se com a luz do dia.<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmS-0GRcC7wEUm3SqWcydE6pkruFRBr_m1PYNnZDOKjZyK81jA92TrEkYMvbAN3_uhuPFdDD4Q4vLn3dUSu6EUDFY6D6f_LPL7QQz2z_WJ8yMtA4ZG78uV7ETQ3XfSrh8mPkLG/s1600-h/mapa100_F3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmS-0GRcC7wEUm3SqWcydE6pkruFRBr_m1PYNnZDOKjZyK81jA92TrEkYMvbAN3_uhuPFdDD4Q4vLn3dUSu6EUDFY6D6f_LPL7QQz2z_WJ8yMtA4ZG78uV7ETQ3XfSrh8mPkLG/s400/mapa100_F3.jpg" width="400" /></a><br />
</div><div style="text-align: center;">fotografia de <a href="http://pescadanumero5.blogspot.com/">cj</a> <br />
<br />
</div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-21958549281730136852010-01-27T10:04:00.002+00:002010-01-27T10:04:58.183+00:00][<div style="text-align: justify;">Há lágrimas que não devem ser faladas. São as lágrimas do fundo, da dor ou do medo, por exemplo. O erro do ser residirá no falatório em tentativa da compreensão. Existe um tempo que deverá ser aplicado em sincronia com a morte transitória. Dá-se um vácuo instantâneo e o ser desemboca as lágrimas através da sua porta secreta. A porta secreta não tem segredo de existência, a porta secreta tem segredo de explicação. Após o choro, após as lágrimas portanto, são escusadas lições.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHEn31sCSI556ZD5DV-nfI_hD9z9UAorofxhmrzbzv_XJ0WfcXSeDKLzdHGtYuvWCxtjEG5dvmGxJnoHpCwz8DI4QsiprHsJLmkJ-UZ5_10n745Bqvyt8oPr0AxnmdW1iuUpTW2A/s1600-h/secreta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHEn31sCSI556ZD5DV-nfI_hD9z9UAorofxhmrzbzv_XJ0WfcXSeDKLzdHGtYuvWCxtjEG5dvmGxJnoHpCwz8DI4QsiprHsJLmkJ-UZ5_10n745Bqvyt8oPr0AxnmdW1iuUpTW2A/s640/secreta.jpg" width="524" /></a><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-14400376500113165072010-01-26T19:12:00.003+00:002010-01-26T10:23:20.314+00:00[ It's Alright, Ma (I'm only bleeding)* ]<div style="text-align: justify;">As árvores vingarão enquanto decidimos a intervenção junto desta farpa que nos enrola o coração no corpo da goela. As árvores serão magnólias de Janeiro. E nós abraçados uns nos outros e no medo, e o medo mascarado a apertar o sol.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Almejamos um final feliz para seguir até à próxima suspensão e dizer “Afinal, as bocas estão direitas.”. E olhar-nos-emos com bocas de lado, sem saber.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Passearemos pela rua no tempo intermédio, diremos “Este ano, nem demos pelas magnólias.”<br />
</div><br />
<br />
<div align="center"><img alt="Photobucket" border="0" src="http://img.photobucket.com/albums/v479/acknowledge/primavera.jpg" /><br />
</div><br />
* It's Alright, Ma (<a href="http://www.youtube.com/watch?v=dCNus_JPw2s">I'm only bleeding</a>) - Bob Dylanmargaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-25097782615487393792009-02-10T14:10:00.003+00:002012-03-07T15:44:18.190+00:00<div style="text-align: justify;"><br />
<br />
<br />
Hoje saí à hora de almoço. Faz bem. Fui tratar de um assunto incómodo. A fase 1.a) correu bem. Estava tanto sol. Vi <span style="font-style: italic;">as </span>pessoas e pensei que, de facto, há tristeza com sol. E pensei “sou uma viajante nesta hora de almoço de Inverno”. Pensei "não sei porque é que estou a centrar todo o trabalho em mim". (todo?) Depois lembrei-me que o meu trabalho se centra na expectativa e que eu sou cheia de expectativas em relação a mim. Tranquilizei-me . Vi muitas coisas que narrei para mim como se fosse a leitora. Lamentei não ter ali um computador para escrever e pensei na minha relação com o lápis e o papel.<br />
Talvez um gravador fosse boa solução, mas rapidamente me lembrei que a senhora que viajava a meu lado no autocarro poderia sentir-se incomodada, não havia necessidade disso. Adiante.<br />
Agora estou a fazer o jantar enquanto oiço Morelenbaum & Sakamoto porque ao final da tarde o chão da minha varanda emanava o calor acumulado ao longo do dia. Voltei a atrasar as minhas listas. Estou preocupada. Hoje li isto, <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Uma constitucional perturbação da vontade e uma ânsia, paralelamente paralisante, de sobre tudo dizer tudo, sem falha, falta ou fraqueza, fazem com que eu ponha em tudo o que faço uma demora que acaba por me apavorar até à acção, e que comece essa acção por um pedido de desculpas de tanto ter demorada. </span><br />
<br />
<br />
Excerto de carta de Fernando Pessoa a Jaime Cortesão, in "Obra essencial de Fernando Pessoa, Cartas"<br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: 78%;"><span class="post-labels">dia 2<br />
</span></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-size: 78%;"><span class="post-timestamp"> <span class="timestamp-link"><abbr class="published" title="2009-02-11T10:03:00-08:00">Segunda-feira, Fevereiro 16, 2009</abbr></span> </span><span class="post-labels"> </span></span></div><br />
</div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-11672318855627260862008-01-18T15:28:00.000+00:002008-01-18T15:32:46.338+00:00(No que de precioso tem a minha memória )<div align="left"><br />Valdevina<br />A morte insurge-se<br />Maior que o amor<br /><a onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)" href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/36467.html" target="_blank"><em>Nada se assemelha a um grito</em> </a><br />Eu sem a avó<br /><a onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)" href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/35887.html" target="_blank"><em>batendo os pés violentamente no soalho</em></a><br />recolher-me-ei <a onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)" href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/35887.html" target="_blank"><br /><em>magoada na própria velocidade</em></a>.<br /><br /><br /><br />Quero a avó velhinha<br /><br />Quero a minha avó velhinha a colher-me<br />Quero aqui e agora o amor<br />Exijo o regresso das suas mãos<br /><br />Que equívoco é este? Recuso a morte do amor.<br />Que sentido tem que o regaço seja indefeso da morte?<br /><br /><br /><br /><a onclick="return top.js.OpenExtLink(window,event,this)" href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/36112.html" target="_blank"><em>Contra o esquecimento</em> </a>esgravato a terra<br />No que de precioso tem a minha memória<br />Luto contra a brutalidade dos dias<br />Ausentes em vida.<br /><br /><br /><br />A vida não podia ter sido mais forte que nós.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">itálicos, refª à<strong> </strong></span><a href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/"><span style="font-size:85%;"><strong>Marta</strong></span></a></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-348426599726823742008-01-17T00:31:00.001+00:002010-01-26T09:34:14.754+00:00[ passagem para a aurora ]Estou presa na noite sem fumo sem nevoeiro<br />
Fazes-me falta e não o posso proferir alta<br />
As glândulas estão concentradas nas pedras<br />
<br />
Perdi as lágrimas queda em saliva copiosa.<br />
<br />
<br />
<br />
<div align="center"><img height="584" src="http://www.letturaweb.net/images_gcl/zoomify/HopperHotel.jpg" width="641" /><br />
</div><div align="center">Hotel Room, Edward Hopper <br />
</div><div align="right"><br />
<br />
</div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-88781717630723576552008-01-17T00:00:00.000+00:002008-01-17T00:04:30.485+00:00epílogoCavava à sorte o lugar<br />colhi objectos comuns<br />a apreciar cada sol-e-dó<br />tolhi sem sentidos<br /><br /><br />anos<br /><br /><br />acordei de bucho seco<br />sem saber das tréguas<br />detrás da mendigagem<br />ficámos assim gorados<br /><br />vim embora cifrar o epitáfio.margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-6044067107495607512008-01-14T20:24:00.000+00:002008-01-14T20:57:54.181+00:00estória ____________<span style="font-size:130%;"><strong>A</strong></span> mulher a quem emprestaste o teu medo<br />Devolvida no dia da amputação canónica<br />Foi Vaga Água-Lume – Corpo Terra-Ar.<br />Mais que palavra. Mais valia d’O Corpoema.<br />Escutei a estória ____________ trovoada.<br /><br />Tremida das gadanhas. Ilha inundada de lava<br />Contra o esquecimento a estória ____________<br />Rente à irmandade das auroras aniquilo excisões<br />Muito rente ao esquecimento dos meus olhos<br />Sossego obedeço estima subida aos cotos ilesos<br /><br />Minhas mãos transferem chuva para o escrito<br />Às palavras secretas aguadas compareço<br />Rigorosa de chapéu veludo e flores no cabelo.<br />A mulher a quem emprestaste o teu medo<br />Nasceu mansa? Leitosa pactuou o seu ofício.<br /><br /><br />Luto contra a náusea nascida não criada<br />Consubstancial à coincidência sem culpa<br />Vagueio o lusco-fusco mascarada da dor<br />Desse dia de nascença e óbito. Aprisiono<br />A árvore que jaz nesta ala do fogo banal.<br /><br />E ele? Na estória ____________ ele jaz<br />Afundado seria então eu ignorante e hoje<br />Agonio no fio masculino impelida a recuar<br />Apago a minha assinatura a actuar-me mãe<br />Sou agora um homem medo - feminil ser.<br /><br />Desmascaro o nada. Juventude saqueada<br />Amamento a lucidez a jorrar de distúrbio<br />Deito o medo que emprestaste no regaço<br />Envolve-te aqui neste xaile de pelúcia<br />Somos apenas muitos. Ou fraternidade.<br /><br /><br /><p align="center"><br /><br /> </p><div align="left"><em>referências</em>: (<span style="font-size:78%;">60º aniversário do nascimento de</span>) Al Berto, <a href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/36112.html">_______</a> de <a href="http://estradasecundaria.blogs.sapo.pt/">Marta</a> e <a href="http://oexiliodoimaginario.blogspot.com/2008/01/blog-post_04.html"><span style="font-size:85%;">corpoema</span></a><span style="font-size:85%;"> de </span><a href="http://oexiliodoimaginario.blogspot.com/"><span style="font-size:85%;">Nuno</span></a> </div><div align="right"></div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-1005400131590183662008-01-14T15:04:00.001+00:002010-01-26T09:34:35.278+00:00[ bem-aventuranças ]<strong><span style="font-size:130%;">E</span></strong> <strong>se</strong><br />
Formulássemos os desejos que desejamos<br />
E se os caminhássemos de pés húmidos<br />
Do pó. Os animais conjurassem à nossa passagem,<br />
Tal mar vermelho. Sem sinais para trás<br />
Da nossa passagem. Que a nossa passagem a levamos<br />
Connosco como a cada filho que trazemos. Eterizados<br />
Pelo tacto. Sem pedras. Órfãos. Sempre sempre.<br />
Sopremos sopros soprados como diz o nosso amigo<br />
Amigo. As janelas abertas em contentamento sadio.<br />
A brisa pelas plantas de desejar desejos. Desejados.<br />
Nossos sonos da experiência são paz. Descansamos<br />
A cada sempre. Apalavramos palavras desejadas<br />
De não fazer mal às palavras nestes tontos jogos<br />
Palavra-verbo-apalavrar. E tocamos a massa alma.<br />
Fantasma ~ Olha ~ Ali ~ Somos nós ~ No meio verde.<br />
Comemoremos. Bem-aventurados. O inebriamento.<br />
Um sopro soprado levar-nos-á, não ao nosso tacto.<br />
<br />
<p align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"><img id="_ctl1_IMG1" src="http://www.altphotos.com/images/altphotos/45a6355b3-683c-4e47-971c-cb4aa4b02ea1.jpg" border="0" name="IMG1" /></span><br />
<span style="font-family:Trebuchet MS;"><a href="http://www.altphotos.com/Gallery.aspx?a=Photo&photoid=182510">photo</a></span> </p><div align="right"><br />
<br />
</div><br />
<br />
<a href="http://acknowledgeyourself.blogspot.com/2006/07/bem-aventuranas.html">exercício</a> repetido, fortuitamente censurado e emendadomargaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-28557504439888304382008-01-12T20:07:00.000+00:002008-01-12T21:22:03.268+00:00Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora *<span style="font-size:85%;"><em>banalidades,</em> <em>tardes de</em> <em>Sábado</em></span><br /><br /><br />Arrebatada fito celebrada<br />atmosfera uma estrela cadente<br />oh, mais linda dos meus dias<br />(a regalia de ver)<br /><br />à mão afigura-se neste colo<br />porção suficiente de artifícios<br />espaço imenso daqui degluto<br />mímicas do romantismo faço<br />enlaço reinvento à vista<br />narro brinquedos de fortuna<br />noite vela gato porcelana<br />orquídea amor lã árvore<br />caramelo-baunilha poema raiz.<br /><br /><br /><p align="center"><img height="536" src="http://img.photobucket.com/albums/v479/CarlosP/F1000028-1.jpg" width="800" /></p><div align="center"><span style="font-size:85%;">Photo de Carlos Veríssimo - </span><a href="http://pescadanumero5.blogspot.com/2007/04/da-fantasia-abraa-me-iii.html"><span style="font-size:85%;">[da fantasia] Abraça-me III</span></a><span style="font-size:85%;"> </span></div><span style="font-size:85%;"><div align="left"></div><div align="right"><em>dedicado</em></div><div align="left"><br /></span></div><br />* <em>título de instalação</em> de <strong>Alberto Carneiro</strong><br /><span style="font-size:78%;">(lido no Jornal de Letras nº 972, única </span><a href="http://66.102.9.104/search?q=cache:Dp4Ssxp_8NwJ:expressarte.weblog.com.pt/arquivo/380044.html+%22alberto+carneiro%22+%22uma+%C3%A1rvore+%C3%A9+uma+obra+de+arte+quando+recriada%22&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=1&gl=pt"><span style="font-size:78%;">refª</span></a><span style="font-size:78%;"> encontrada na Internet)</span><br /><br />som -> <a href="http://www.youtube.com/swf/l.swf?video_id=ONmSGPC6L8c&rel=1&eurl=&iurl=http%3A//img.youtube.com/vi/ONmSGPC6L8c/default.jpg&t=OEgsToPDskIR_jlDnPGwh6MBJLH-Q_Pi&"><strong>Nina Simone</strong>, <em>Everyone's gone to the moon</em></a>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-57491539544631160652008-01-11T10:32:00.000+00:002008-01-12T18:58:12.825+00:00(das aptidões das árvores)Puseste a tua pena nas minhas <em>úlceras </em><br />Com as tuas asas provocaste uma brisa<br />A expulsar as <em>borboletas de asas metálicas</em><br /><br /><em>A escravidão recorrente dos meus sentidos</em><br />Fez-me contar pelos dedos náuseas frias<br />Febril derramei o mel consagrado nos olhos<br /><br /><em><strong>Acreditar</strong></em> é a grande lição replicaste em sino<br />Contemplo as raízes a despertar do marasmo<br /><em><strong>Emoção</strong></em> é seres crença carne e ossos vivos em mim.<br /><br /><em></em><br /><p align="center"><em><img height="508" src="http://memento.home.sapo.pt/schiele02.jpg" width="324" /><br /><em>Árvore pequena</em>, Egon Schiele<br /><br /></p></em><p align="left">* itálicos retirados de texto de Carlos Veríssimo <a href="http://influxos.blogspot.com/2008/01/re-fluxo-7.html">"Certificado de Aptidão para se Emocionar"</a></p><br /><br /><em></em>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-82433794746576634382008-01-10T08:50:00.000+00:002008-01-10T09:42:09.487+00:00sacramento da cisãoOs dedos das pétalas abotoam-me por um fio<br />Encarquilho a ecoar <em>ferimos a vista de nomes <span style="font-size:78%;">*</span></em><br />Toco a córnea da polpa. Fere. Aferrolho o tentáculo<br /><br />Nas asas engato as penas da forquilha comungo<br />Agracio a ausência de sermão punhado de calhau<br />Único espelho te esconjuro. Avé, casta heresia.<br /><br /><p align="center"><img height="400" src="http://img5.allocine.fr/acmedia/medias/nmedia/18/64/85/16/18809178.jpg" width="600" /></p><span style="font-size:85%;"><em>still</em> de Asas do desejo, Wim Wenders</span><br /><br />* <a href="http://oexiliodoimaginario.blogspot.com/">Nuno</a>, <a href="http://acknowledgeyourself.blogspot.com/2008/01/fadiga-da-alma-em-pico-do-incio-de.html">ali </a>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-74043857302037859722008-01-09T12:25:00.000+00:002008-01-10T12:22:35.472+00:00oceano, sol e ondasEsmagada<br />contra o céu<br />abraço-te<br /><br />és ser<br />o sol.<br /><p align="center"><img src="http://www.andreas.com/pixs/hok-1b.jpg" /></p><br /><span style="font-size:85%;"><em>A grande onda</em>, Katsushika <strong>Hokusai</strong></span><br /><strong><span style="font-size:85%;"></span></strong><br /><span style="font-size:85%;"><a href="http://influxos.blogspot.com/2007/11/oceans-talvez-msica-que-mais-ouvi-em.html">som</a> -> <a href="http://influxos.blogspot.com/2007/11/oceans-talvez-msica-que-mais-ouvi-em.html">oceans</a>, Pearl Jam</span>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-56415522282792272722008-01-09T10:50:00.000+00:002008-01-09T11:05:26.333+00:00{ a fadiga da alma e o pico do início }<a href="http://www.ukiyoe-gallery.com/ukiyoe/b821.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.ukiyoe-gallery.com/ukiyoe/b821.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://www.ukiyoe-gallery.com/ukiyoe/b821.jpg"></a>A transparência é estado contra-natura<br /><br />Quando a rebelião não cabe nos picos<br />Excede a alforria prevaricadora a grasnar<br /><br />A pele descasca-se a ferir a vista enxuta<br />Malfado cor'poema<span style="font-size:85%;">*</span> agudo assim grave<br /><br />A transparência não-regulada doutrina<br />Rendilha o túmulo da memória aberta<br /><br /><br />A transparência é estado contra-natura.<br />Ah.<br />Quisera lei proibitória da alma na cara. </div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />* apropriação e transformação da palavra <a href="http://oexiliodoimaginario.blogspot.com/2008/01/blog-post_04.html"><em><strong>corpoema</strong></em></a> d'<a href="http://oexiliodoimaginario.blogspot.com/">O exílio do Imaginário</a><br /><a href="http://www.ukiyoe-gallery.com/detail-b821.htm">pintura</a>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-52257127161502291632008-01-08T11:36:00.000+00:002008-01-08T11:41:20.327+00:00o que tece o peixe grande *Adentro<br />minhas mãos<br />O peixe<br /><br />Tece beijos<br />De Inverno.<br /><br /><br /><p align="center"><img height="484" src="http://www.artchive.com/artchive/k/klimt/kiss.jpg" width="477" /></p><p align="center"><em>O Beijo</em>, Gustav Klimt</p><p align="left">*<span style="font-size:85%;">refª a Big Fish de Tim Burton</span></p>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-21827367568636571772008-01-08T10:00:00.000+00:002008-01-08T10:14:39.615+00:00Carrousel de la mortMorte<br />Que a poesia me salve<br />Escreve lava-te agarra<br />o torpor das horas.<br /><br />Morte<br />Que não me leves<br />Ápice luto estes dentes<br />prendo incólumes dores.<br /><br /><br /><br />Morte<br />Lava-me.<br /><br /><br /><br />Cala-te!<br /><br />Morte!<br />Arreda as cordas<br />Não me levas.<br /><br /><br /><br />Que o amor nada mais é<br />Nobreza.<br /><br /><img height="267" src="http://photos1.blogger.com/blogger/2391/458/400/strange.jpg" width="400" /><br />photo de <a href="http://www.influxos.blogspot.com/">c</a>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-42790728534769299782008-01-08T09:49:00.000+00:002008-01-08T10:08:31.914+00:00são pedrasNão te atrases mostra indoneidade<br />Pega nos módicos papéis certifica<br />Existes não pagas. Lava a palavra<br />Bonitinha não arrebita. Atrasa-te<br />Mais choraminga e deglute ébria.<br /><br />Todos te palparão o pêlo das costas<br />A dedicar modas de palmatória. Ah.<br />Medo não tens na omnipotência. Oh.<br /><br />Acodes no prazo protelado saí-me<br />Mais valia era certificado de voz.<br /><br /><img height="308" src="http://img.photobucket.com/albums/v479/CarlosP/que2.jpg" width="460" /><br />photo de <a href="http://www.influxos.blogspot.com/">c</a>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-17659790469187658912008-01-04T22:10:00.000+00:002008-01-04T00:27:03.854+00:00{ nome de baptismo }<div align="center"><span style="font-size:130%;">R</span>itos de passagem<br /><span style="font-size:85%;">C</span>ubro<br /><span style="font-size:85%;">T</span>injo<br /><span style="font-size:85%;">D</span>erramo<br /><span style="font-size:85%;">L</span>avo<br /><br /><span style="font-size:85%;">A</span>fundo<br /><br /><span style="font-size:85%;">B</span>anho<br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">É</span> tempo de sentir.<br /><span style="font-size:85%;">N</span>ão desando.<br /><span style="font-size:85%;">D</span>esfocada<br />silencio<br /><br /><span style="font-size:85%;">S</span>ã<br /><span style="font-size:85%;">V</span>oo<br /><span style="font-size:85%;">A</span>bato<br /><span style="font-size:85%;">C</span>ardos<br /><span style="font-size:85%;">N</span>a altura.<br /><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;">E</span>screvo<br /><br /><span style="font-size:85%;">P</span>rocuro a coragem<br /><span style="font-size:85%;">D</span>ar nome às emoções.<br /></div><p align="center"><img src="http://www.ukiyoe-gallery.com/ukiyoe/a.crow2.jpg" /></p><br /><br /><br /><a href="http://www.ukiyoe-gallery.com/aboutmeebay3crowprints.htm"><span style="font-size:85%;">OHARA, Shoson (aka, Koson) "Crow on a Snowy Branch" c1911-15 Unread Artist "Crow" c early 1900's OHARA, Shoson "Crow and Cherry Blossoms" c early 1900's</span> </a><br /><br /></span></span>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8677215.post-28272761464612586632008-01-03T19:07:00.000+00:002008-01-03T12:36:30.084+00:00桜<div>Quero-te<br />ouve<br /><br />ensinar os segredos<br />das cerejeiras.<br /><br /><br /></div><br /><p align="center"><a href="http://smg.photobucket.com/albums/v479/acknowledge/?action=view&current=cherry.jpg" target="_blank"><img alt="Photobucket" src="http://img.photobucket.com/albums/v479/acknowledge/cherry.jpg" border="0" /></a></p><br /><div align="left"><br /><em><font size="2">Mount Fuji seen throught cherry blossom</font></em>, Katsushika <strong>Hokusai</strong><br /><br /><br /><a href="http://japanese.about.com/library/blkow2.htm"><font size="4">桜</font></a> - <a href="http://japanese.about.com/library/weekly/aa031900.htm">sakura</a> </div>margaretehttp://www.blogger.com/profile/09345551279324289092noreply@blogger.com